(04/09/2017) Gigante CCCC vai construir terminal portuário em SC
A China Communications Construction Company (CCCC), a maior empresa de infraestrutura da China, fecha mais um negócio no setor portuário brasileiro. O conglomerado assinou no sábado, na presença do presidente Michel Temer, em Pequim, um memorando de entendimentos com o Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura Anessa para construção conjunta do Terminal Graneleiro da Babitonga, um projeto privado em São Francisco do Sul (SC).

O TGB tem hoje como controladores o FIP Anessa, de investidores de Santa Catarina, com 80%, e a gigante chinesa de alimentos Cofco com os demais 20%. O valor do investimento para construir o porto é de R$ 1,6 bilhão.

A CCCC é controlada pelo governo chinês e com ações negociadas nas Bolsas de Xangai e Hong Kong. O memorando de entendimento estabelece um cronograma para ''due diligence que culminará com a assinatura do contrato de compra de parte do TGB até o fim de dezembro deste ano. O objetivo da CCCC é adquirir o controle do TGB e iniciar suas obras imediatamente.

Além de construir, a CCCC opera ativos em outros países. No fim do ano passado tinha US$ 150 bilhões investidos em concessões de infraestrutura de transportes, entre empreendimentos prontos e os ainda em construção.

A capacidade de movimentação de carga do TGB está projeta em 14 milhões de toneladas por ano.

Com área total de 601 mil metros quadrados, terá pier para atracação de navios com 316,8 metros de comprimento, 14 metros de calado e três linhas ferroviárias com 2 mil metros de extensão. O porto terá um silo para açúcar com capacidade de estocagem de 1 milhão de toneladas, três silos para grãos com capacidade estática para 250 mil toneladas cada, três sistemas de esteiras com oferta de expedição de 4 mil toneladas por hora, três carregadores de navios ("shiploaders") com capacidade de 4 mil toneladas por hora, entre outros.

O TGB ficará na parte insular de São Francisco do Sul, a aproximadamente a 2 quilômetros da BR-280 e a três quilômetros da linha férrea operada pela Rumo.

Este é o segundo negócio portuário da CCCC no Brasil. No ano passado, o grupo fechou com a brasileira WPR Participações, ligada à WTorre, um negócio para assumir participação no projeto portuário multicargas do terminal de São Luís, no Maranhão - também um projeto greenfield.

O projeto será desenvolvido em uma área de 2 milhões de metros quadrados, com acesso direto à BR-135 (que liga o Maranhão a Minas Gerais) e às ferrovias Carajás e Transnordestina. Terá capacidade anual para movimentar 24,8 milhões de toneladas.

Também na missão da China, a CCCC e a WPR assinaram o financiamento com o Banco Industrial e Comercial da China. O valor do investimento no porto maranhense é de R$ 2,2 bilhões.

A CCCC tem como assessor financeiro no Brasil o Banco Modal.

Fonte: Valor Econômico, Fernanda Pires e Assis Moreira, 04/09/2017.

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