(21-08-2017) Cidades querem centros de monitoramento ambiental de terra, água e ar
Secretários de Meio Ambiente cobram acesso às informações em ocorrências portuárias

 

A queda de 46 contêineres do navio Log-in Pantanal na Barra de Santos, na semana passada, despertou preocupação nas prefeituras da região. As administrações municipais das áreas envolvidas queixam-se da demora em receber informações sobre este tipo de ocorrência. Para buscar uma solução ao problema, secretários municipais do Meio Ambiente da Baixada Santista realizaram um encontro na manhã da última sexta-feira (18), em Guarujá, e preparam uma carta aberta com as principais reivindicações.

 

No documento, chamado de Carta de Guarujá e também assinado pelo prefeito Válter Suman, o grupo pede que sejam criados centros de monitoramento ambiental, de terra, água e ar, a partir de recursos com as penalidades de compensação ambiental vindas do Ministério Público ou com verba da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Na madrugada do acidente, os primeiros contêineres caíram no mar por volta de 1h20 e outros depois das 2h50. O Ibama só foi informado da ocorrência por volta das 8 horas.

“A empresa afirma ter tido dificuldades para fazer a comunicação pelo sistema e só conseguiu os contatos da agência ambiental em Santos mais cedo”, afirma a agente ambiental federal do órgão Ana Angélica Alabarce, que também esteve presente na reunião.

O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, também teve problemas. “Às 6 horas, já tinha recebido informações de um amigo da estiva. Durante todo esse dia ficamos tentando saber de algo e ficava parecendo que éramos até culpados por perguntar. Isso nos causou preocupação”, relatou durante o evento.

Para que essa falha não se repita, os secretários sugeriram que seja criado um gabinete de emergência onde, em qualquer acidente, as informações sejam reunidas e repassadas às prefeituras, além de um grupo permanente de emergência para acompanhar os trabalhos e a definição de que tal modelo seja utilizado em acidentes de média e grande proporção.

Também estavam no encontro os secretários: Sidnei Aranha, de Guarujá, Vitor Carlos Vitório, de São Vicente, Israel Lucas Evangelista, de Praia Grande, Marco Antônio Godoy, de Bertioga, e Mauro Haddad Nieri, de Cubatão.

Peruíbe enviou como representante o secretário de Assuntos Jurídicos, Josival Gomes de Souza. Foram convidados ainda a empresa Log-in e as prefeituras de Mongaguá e Itanhaém, que não compareceram.

A próxima reunião dos secretários está marcada para o dia 23, na Prefeitura de Santos, depois de um encontro que o prefeito Paulo Alexandre Barbosa deve ter com integrantes da Codesp para obter mais informações sobre a questão dos contêineres.

Trabalhos

De acordo com o Ibama, dos oito contêineres que flutuaram depois do acidente, quatro foram localizados e até ontem seriam retirados do mar.


A empresa responsável pelo embarcação estaria tentando localizar o local de afundamento dos outros quatro. Os demais estão submersos próximos da área onde aconteceu o acidente.


A empresa já removeu 26 metros cúbicos de material das praias da Baixada Santista e o trabalho marítimo continua com o escaneamento do fundo do mar. A Capitania dos Portos permanece com o inquérito para apurar as causas do acidente.


Fonte: A Tribuna, 21/08/2017.

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