AEAS envia carta a governantes sobre a necessidade de hidrovias na região
A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS) e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP) enviarão a autoridades, aos governos estadual e federal e a associações e sindicatos da área portuária e retroportuária uma "Carta Metropolitana de Comunhão Hidroviária" que reúne soluções e estratégias, construídas coletivamente, sobre a importância e necessidade de se utilizar hidrovias para transporte de cargas e passageiros na Baixada Santista.

A Carta surge após quatro edições do evento "Hidrovias Já", promovido pela AEAS, com o objetivo de regularizar o transporte nos rios que compõem a região. "O modal hidroviário é o mais econômico em relação à energia, logística e com uma vantagem financeira e turística muito grande. Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Praia Grande e Cubatão possuem estuários que se utilizados na sua potencialidade acabariam com o congestionamento do porto e da entrada de Santos. É mais uma possibilidade de integrar esses municípios", explica o engenheiro eletricista e diretor de Portos da AEAS, Eduardo Lustoza.

Nos seminários, os participantes de toda a região metropolitana se manifestaram positivamente pelos diferenciais competitivos, como a maior capacidade de carga com baixo calado e menor quantidade de viagens com diminuição de poluentes para a mesma quantidade de passageiros e cargas em relação a outras formas de transporte.

A prioridade imediata apontada é a sinalização dos estuários pelo tráfego local já existente de embarcações de turismo, passageiros e carga das comunidades ribeirinhas no entorno da região, turistas e proprietários de embarcações. Segundo o diretor de Portos, toda a atividade marítima e fluvial que existe na região, com exceção do canal principal do Porto de Santos não possui sinalização, e por não existir orientação a quem navega nestas águas, há risco de acidentes pela omissão dos governos.

O documento cita também o Incêndio da Alemoa, ocorrido em abril de 2015, que obstruiu o acesso ao Porto de Santos e gerou enormes prejuízos aos terminais, exportadores e ao próprio País. "Além dos benefícios para a economia, a ideia é utilizar as hidrovias como um metrô na Baixada Santista, com terminais rodo-hidroviários e estações de passageiros para integração. Reduzindo o trânsito e o custo do transporte, o modelo também traria desenvolvimento para o entorno dessas estações, gerando um fluxo de pessoas, comércio etc.", projeta diretor de Portos da AEAS.

A carta de intenções recebeu apoio da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP)."Considerando a importância do Porto de Santos no cenário econômico do Brasil, e sua localização no Estado de São Paulo, é imprescindível que todas as instâncias de governo associem-se para a solução do problema. E nós, da Marinha do Brasil, estaremos sempre ao lado desse projetos", garantiu o capitão de mar e guerra Alberto José Pinheiro de Carvalho.

A relevância das hidrovias também serão enviadas aos deputados federais João Paulo Tavares Papa, Beto Mansur e Marcelo Squassoni, representantes da Baixada Santista no Congresso Nacional. "Queremos uma ação política, por isso fazer uma mobilização para que os parlamentares criem condições favoráveis e busquem recursos junto ao Ministério do Transporte", finaliza Lustoza.

Fonte: A Tribuna, 13/3/2017.

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