A Aliança Navegação e Logística, empresa líder no Brasil no transporte marítimo doméstico (cabotagem), acaba de incorporar dois navios à sua frota. Responsável por 53% do mercado, a Aliança passou a contar com mais dois portacontêineres com capacidade, cada um, para 3.800 Teus (contêiner de 20 pés). Com isso, aumentou sua oferta de transporte em 20%.
Os novos navios substituem duas embarcações de 2.500 Teus, que serão destinadas a outras rotas fora do Brasil. A Aliança pertence ao grupo alemão de transporte de longo curso Hamburg Süd, que está sendo comprado pela dinamarquesa Maersk, em uma negociação prestes a ser concluída. "Isso confirma que vamos continuar investindo e crescendo no Brasil", disse Marcus Voloch, gerente geral de cabotagem e Mercosul da Aliança.
O investimento nas embarcações foi de US$ 85 milhões. Ambas foram construídas no estaleiro Jiangsu Yangzijiang, que fica em Zhangjiagang, na China. Os navios foram entregues em agosto e setembro.
Com as novas embarcações, a frota total da Aliança para a cabotagem - a empresa também atua no longo curso - passa a ser composta por seis navios de 3.800 Teus e dois de 4.800 Teus. Antes, eram quatro embarcações de 3.800 Teus, duas de 4.800 e duas de 2.500 Teus.
O primeiro dos novos navios a escalar num porto brasileiro foi o "Diego Garcia", no domingo. Fará a rotação entre os portos de Itapoá (SC) e Manaus (AM). Já o segundo porta-contêiner, o "João de Solís", entrará em operação no próximo domingo e fará o circuito marítimo de Rio Grande (RS) a Pecém (CE).
Os novos navios são mais econômicos no consumo de combustível e têm desenho sob medida para entrar nos portos brasileiros com limitação de profundidade. Também têm mais tomadas que os anteriores para contêineres refrigerados: mil tomadas ante 400 nas embarcações anteriores.
Conforme o gerente geral, o investimento reforça o potencial de crescimento do modal marítimo no Brasil. No acumulado do ano até setembro, a quantidade de contêineres no mercado de cabotagem cresceu 11% na comparação anual. A perspectiva para 2018 também é de alta. "Uma das grandes apostas da Aliança está na movimentação de carga refrigerada, onde esperamos crescer 30% no próximo ano", disse Voloch.
Fonte: Valor Econômico, 24/11/2017.