ANTAQ participa de seminário sobre hidrovias do Mercosul na Câmara dos Deputados
O diretor-geral da ANTAQ, Adalberto Tokarski, participou, nesta quinta-feira (13), do Seminário Internacional “Hidrovias do Mercosul”, que aconteceu na Câmara dos Deputados. Tokarski destacou a Hidrovia Paraguai-Paraná como ferramenta estratégica para a integração do bloco econômico. A via internacional corta o coração da América do Sul. Parte do centro-oeste brasileiro e passa pela Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai, até desaguar no Oceano Atlântico.

O diretor-geral explicou que a navegação fluvial na hidrovia é regida pelo Acordo de Transporte Fluvial pela Hidrovia Paraguai-Paraná, assinado em 1992 e internalizado pelo Brasil por intermédio do Decreto no 2.716/98. “O acordo prevê a eliminação de todos os entraves e restrições administrativas, regulamentares e de procedimento para desenvolver o comércio e uma atividade fluvial eficiente, além de reafirmar o princípio da livre navegação nos rios”, citou Tokarski.

A partir de um estudo da prática regulatória, vantagens competitivas e oferta e demanda de carga, constatou-se que o volume de cargas de origem brasileira tem variado significativamente na Paraguai-Paraná:

2010 – 3,9 milhões de toneladas

2011 – 5,5 milhões de toneladas

2012 – 4,4 milhões de toneladas

2013 – 6 milhões de toneladas

2014 – 7,1 milhões de toneladas

2015 – 4,5 milhões de toneladas

2016 – 3,3 milhões de toneladas

Outra constatação é que, no trecho brasileiro, a carga transportada tem origem no Brasil e é composta, majoritariamente, por granéis minerais: minério de ferro (87,6%), manganês (11,4%) e outros produtos.

Para entender ainda mais a dinâmica da Hidrovia Paraguai-Paraná, em fevereiro de 2015, foi firmado um acordo de cooperação técnica entre a ANTAQ e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para a elaboração do estudo. Entre os objetivos do estudo, estão: fomentar o uso e o desenvolvimento da hidrovia; e constituir uma base de dados para o desenvolvimento de estudos de eixos estratégicos.

O estudo está com pesquisas em andamento com foco no mercado, onde estarão informações definitivas sobre os perfis exportador e importador, principais produtos, frota do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, entre outros dados.

 

Entretanto, já há informações concluídas, como as condições gerais de navegação. Por exemplo, no trecho Corumbá (MS) e Assunção, a extensão é de 1.132km, o rio utilizado é o Paraguai e a profundidade mínima do canal navegável é de 3 a 3,20m.

Outro ponto destacado pelo diretor-geral da ANTAQ esteve relacionado à caracterização geográfica ambiental: “Em relação às unidades de conservação, existem no eixo da Hidrovia Paraguai-Paraná cerca de 460 unidades com algum grau de proteção, contemplando uma área aproximada de 410 mil quilômetros quadrados de superfície”, informou Tokarski, destacando que haverá seminários para a apresentação dos resultados finais do estudo.

Fonte: ANTAQ, 13/7/2017.

Leia Também Outras Notícias

Agência Porto
| 19 Set, 2024

Acordo incentiva micro e pequenas empresas do Norte e Nordeste a ampliar exportações

Leia mais
Agência Porto
| 19 Set, 2024

Presidente da CODEBA participa de seminário que discute possibilidades de negócios entre Bahia e Bulgária

Leia mais
Agência Porto
| 19 Set, 2024

Sistema Transporte lança segunda edição do Guia de Boas Práticas de Proteção de Dados no Setor

Leia mais

Como podemos ajudar?

Conte como podemos auxiliar com um dos nossos serviços e soluções.

Solicite um orçamento

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Privacidade.