ANTT e Ministério dos Transportes inauguram terminal rodoferroviário em Alvorada (TO)
Ao sul do Tocantins, a cidade de Alvorada ganhou novos horizontes logísticos para conectar o estado ao futuro e à rota de exportação do país, com benefícios diretos à população. O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Guilherme Theo Sampaio e o ministro dos Transportes, Renan Filho, estiveram presentes no município tocantinense, ao lado de outras autoridades locais, para marcar o que pode ser chamado de um "antes e depois" na história da infraestrutura de transportes da região, que foi a inauguração do Terminal Rodoferroviário de Alvorada, o primeiro construído após a conclusão da Ferrovia Norte-Sul.

O novo terminal marca o início da operação da Rumo na Ferrovia Norte-Sul após a conclusão do último trecho, em 2023. A partir de agora, as regiões Norte e Centro-Oeste estão conectadas ao mundo por meio das exportações via Porto de Santos (SP). Com capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano, o terminal está conectado à Ferrovia Norte-Sul e conta com uma pista ferroviária que permite o carregamento de até 12 vagões por hora e 2 composições diárias, com milho e soja, além de 120 caminhões por dia. O terminal também temum armazém com capacidade para 75 mil toneladas de grãos, estrutura para secagem e padronização das cargas.

As operações do terminal serão uma alternativa logística para a economia agrícola do estado do Tocantins, escoando as mercadorias até o Porto de Santos (SP) e, assim, colocando a região na rota de exportação do país. A infraestrutura foi construída em uma área de aproximadamente 70 hectares, com destaque para a construção de um pátio que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem. O investimento, realizado pela concessionária Rumo em parceria com a cooperativa de agronegócio CHS, foi de R$ 100 milhões.

Localizado na altura do quilômetro 745 da rodovia BR-153, em Alvorada, o Terminal destina-se ao armazenamento e transbordo inicial de grãos como soja e milho, futuramente farelo, o que vai transformar a economia agrícola do estado. "Mais do que toneladas de grãos, essa nova estrutura carrega nas costas o peso de uma promessa de desenvolvimento. Um ciclo que começou a ser traçado lá em 1986, com o projeto ambicioso da Ferrovia Norte-Sul, finalmente encontra sua próxima estação", explicou o diretor da ANTT Guilherme Theo Sampaio.

A Ferrovia Norte-Sul, que hoje conecta o Maranhão a São Paulo, passou por períodos de lentidão e incertezas até ganhar fôlego em 2007. Desde então, empresas como a Rumo entraram no jogo e transformaram trechos antes subutilizados em verdadeiras rodovias sobre trilhos, prontos para transportar riquezas agrícolas. "O novo terminal em Alvorada se junta a outros pontos estratégicos que já funcionam em Goiás e Minas Gerais, como São Simão, Rio Verde e Iturama. Juntos, esses terminais pavimentam um novo corredor logístico que abre portas para as exportações e geração de empregos, fortalecendo a economia", completou Sampaio.

Para o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, a inauguração desse terminal não é apenas um marco físico, mas também simboliza o acesso do estado a um sistema de transporte de alta capacidade e eficiência, que posiciona os produtores locais em um patamar de competitividade global. "Com a pista ferroviária do terminal em Alvorada capaz de carregar até 12 vagões por hora, a engrenagem que conecta o interior do Brasil ao mundo vai girar mais rápido, beneficiando Tocantins e toda a cadeia produtiva que cruza as fronteiras agrícolas do país", afirmou Vitale.

A expectativa é de que esse seja apenas o primeiro de muitos novos investimentos e infraestruturas a serem desenvolvidos em torno da Ferrovia Norte-Sul. Com a conclusão desse novo ciclo, o Brasil reforça sua capacidade de produção e exportação, e Tocantins, em especial, se vê conectado ao futuro.

"O terminal de Alvorada está oficialmente aberto. As portas para o desenvolvimento também", finalizou o diretor-geral.

Sobre a Ferrovia Norte-Sul
Ao todo, a Ferrovia Norte-Sul completa tem 2.257 quilômetros e atravessa quatro regiões, passando, por exemplo, por Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, três dos estados que compõem a força do agronegócio brasileiro. A obra, que conecta os portos de Itaqui (MA) e de Santos (SP), era esperada há quase quatro décadas. Com um novo caminho facilitado para o transporte de commodities, esses estados poderão competir em condições mais favoráveis no cenário internacional, exportando pelo litoral norte e sudeste do país.

O desenvolvimento de uma malha ferroviária segura, competitiva e de baixo carbono é resultado de um esforço conjunto e integrado do Governo Federal, com união de forças, empenho e comprometimento da ANTT, Ministério dos Transportes e INFRA.SA com as concessionárias, que têm investido em soluções que impulsionam o crescimento do modal ferroviário.

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