“As ferrovias transportam produtos a um custo mais baixo e são menos poluentes”, diz secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro
Como os investimentos na expansão do setor ferroviário de cargas podem impulsionar o desenvolvimento sustentável do Brasil? Esse foi o tema do VIII Brasil nos Trilhos – Sustentabilidade em Movimento, que aconteceu nesta terça-feira (27).

O secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, foi um dos palestrantes. “O setor de ferrovias tem um papel fundamental no contexto da infraestrutura sustentável. É um modal capaz de transportar carga a custo logístico mais baixo, o empresário paga um frete mais barato, ao mesmo tempo em que as locomotivas carregam esses produtos emitindo menos gases poluentes”, explicou ele.

Ribeiro acrescenta ainda que a parceria entre o Governo Federal e a iniciativa privada é fundamental para a expansão das ferrovias no país. “Estamos estruturando projetos que levam em conta não só questões econômicas, como também ambientais”, resumiu.

O secretário-executivo da pasta, George Santoro, participou da abertura do evento. “Já temos 8 contratos de concessões ferroviárias em andamento, alguns até prontos, em fase de validação, para iniciarmos uma grande carteira de leilões ferroviários”, afirmou. “E, paralelamente a isso, estamos trabalhando para melhorar as formas de desenvolver locomotivas com biodiesel ou outras soluções que possam emitir menos carbono”, concluiu Santoro.

Participaram também do evento executivos das maiores operadoras ferroviárias do país, além de representantes do Ministério da Fazenda, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Paixão pelos trilhos

“Quando eu nasci meu pai já era ferroviário. A vida inteira a ferrovia faz parte da minha vida”, conta o inspetor de tração André Luiz Almeida, funcionário da empresa VLI.

Nessa função, ele acompanha a circulação de trens nos pátios ao longo da linha e orienta equipes de maquinistas e operadores de manobras.

André está entre os 66 mil trabalhadores que atuam na indústria ferroviária brasileira, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). “Acabei de fazer 21 anos no setor e sinto muito orgulho. Sinônimo de trem para mim é a transformação da logística”, ressalta.

Ele trabalha no chamado Corredor Sudeste, que passa pelo Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e vai até o interior de São Paulo. Por ali passam produtos como grãos, açúcar, fertilizantes, fosfato e enxofre.

Para se ter uma dimensão do volume escoado pelas ferrovias brasileiras, a movimentação de cargas transportadas em 2023 registrou uma alta de 6% em comparação com o ano de 2022, cerca de 530,6 milhões de toneladas.

Os dados estão disponíveis no Anuário Estatístico produzido pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística.

Com o Novo PAC, os projetos ferroviários foram elencados como prioridade pelo Governo Federal, e contam com um investimento previsto de R$94,2 bilhões até 2026.

“O modal ferroviário por si só já é o debate central sobre sustentabilidade e infraestrutura de transportes, seja pela sua capacidade de substituir modais com emissões muito mais expressivas, seja pelas pequenas faixas de desmatamento para implantação, o que impacta menos os territórios”, avalia o subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Benevides.

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