Codesp lança edital para projeto-base da entrada de Santos nesta quinta-feira
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) lança, nesta quinta-feira (13), o edital de licitação para o projeto-base da entrada de Santos. A ação inclui a construção de um viaduto que servirá como acesso ao Porto e tem um custo de R$ 10 milhões, com recursos da própria Codesp.

A novidade foi revelada, nesta quarta-feira (12), pelo diretor-presidente da Companhia, Luiz Fernando Garcia, durante a solenidade de encerramento da 16ª edição do Santos Export Brasil, realizada no auditório do Grupo Tribuna, em Santos.

Garcia classificou o projeto como audacioso e revelou o interesse da Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, na execução da obra. "Havendo uma per

spectiva de aditamento em contrato, a Ecovias assume a execução. Caso isso não ocorra, a Codesp assume, mas precisaremos ir atrás de verba para viabilizar", disse.

Luiz Fernando Garcia também adiantou que o contrato da dragagem deve ser aditado (Foto: Vanessa Rodrigues/AT)

Outra obra que o diretor-presidente elencou também as obras da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto de Santos, entre o Macuco e a Ponta da Praia, como prioritária em 2019. "É preciso construir o viaduto que interligará o terminal da Libra para ordenar o trânsito naquela região", destacou.

Luiz Fernando Garcia também citou o aditamento do contrato de dragagem por mais seis meses e uma discussão com a Prefeitura de Santos para tratar da região dos armazéns 1 ao 8 do Porto.

Encerramento do Santos Export Brasil 2018

A 16ª edição do Santos Export Brasil - Fórum Internacional para a Expansão dos Portos Brasileiros, foi realizada entre 10 e 11 de setembro. O evento reuniu representantes dos setores público e privado para discutir e promover o desenvolvimento do setor portuário.

Durante o fórum, painéis abordaram a legalidade do mais recente decreto dos portos e as novas regras para o desenvolvimento do setor. A renovação das concessões ferroviárias como modal estratégico para os complexos portuários e os avanços tecnológicos para o ganho de eficiência também foram abordados.

Além disso, uma comitiva do Santos Export visitou, em outubro, portos do Sul da Espanha e África. Entre eles, Algeciras, Gibraltar e Tanger Med.

Durante a solenidade de encerramento, o diretor-presidente do Jornal A Tribuna, Marcos Clemente Santini, fez um discurso em que destacou a retomada do crescimento no setor portuário e a esperança com um novo governo.

"O ano de 2018, não foi excepcional, mas de retomada. Todas as empresas do Porto tiveram um resultado melhor do que o ano passado. A Codesp também. São 133 milhões de toneladas (movimentadas). Estamos na retomada do crescimento no Brasil e em todas as empresas do Porto. Em 2019, com um governo novo, um governo de esperança. Renova a esperança de todo mundo. Temos que deixar de ser Bolsonaro e ser Brasil. Torcer para o Bolsonaro no governo dar certo porque é o sucesso para todos nós", discursou.
Frederico Bussinger, sócio-diretor da Katalysis Consultoria, fez uma apresentação sobre a evolução do Porto de Santos nos últimos 20 anos e a expectativa do setor em relação ao próximo governo, a partir de 2019.

Para ele, o novo governo é uma grande oportunidade para se mudar a forma de gestão do Porto de Santos. Na visão de Bussinger, é necessária a descentralização do processo decisório.

"Normalmente, numa eleição você 'muda o aplicativo do celular'. Mas nessa eleição, você está mudando o 'sistema operacional como um todo'. Tem muito aplicativo que não vai rodar. É uma oportunidade preciosa porque as coisas estão em aberto. Mais do que adivinhar o futuro, é preciso discutir o que precisa ser feito para o porto ter um novo ciclo de desenvolvimento", ressaltou.

O consultor destacou que Jair Bolsonaro foi eleito sob uma "bandeira de luta contra corrupção, privilégio e ineficiência", e que o Porto "tem praticamente os três problemas e que isso precisa ser enfrentado". Bussinger também fez uma defesa do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

"Antigamente, o CAP era uma preciosidade, uma escola. Não tinha uma discussão superficial. Foi uma perda muito grande. Essa perda de poder foi parte dessa lógica centralizadora das decisões. O olho do dono engorda o gado. Se deixar com a comunidade portuária de Santos, se tiver uma Codesp qualificada na direção, o Porto de Santos vai ter um novo ciclo de desenvolvimento, com toda a certeza", finalizou.

Fonte: A Tribuna, 12/12/2018.

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