Codesp quer concretizar planos e fará concurso neste trimestre


Projetos viários, a revisão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) e a adoção de sistemas para assegurar o acesso de cargas e navios ao Porto de Santos. Estes são alguns dos planos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o cais santista, para este ano. A Autoridade Portuária também pretende ampliar seu quadro de funcionários com a abertura de um concurso público ainda neste semestre.




O ano em que o Porto completa seu 125º aniversário tem tudo para ser bastante dinâmico. Além dos empreendimentos em andamento, como as obras da Avenida Perimetral da Margem Direita, entre o Macuco e a Ponta da Praia, que serão concluídas em 2018, a Docas planeja iniciar outras frentes de trabalho.




Entre as principais ações previstas para este ano, estão a revisão do Plano Mestre da Codesp pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e a atualização do PDZ, a cargo da Autoridade Portuária.

O Plano Mestre envolve dois aspectos principais: a projeção da demanda e a avaliação da capacidade operacional do cais santista. Esses dados serão analisados para se dimensionar a necessidade de expansão da infraestrutura portuária.

Enquanto o Plano Mestre serve ao planejamento e inclui ações futuras com base no crescimento do Porto e de suas atividades, o PDZ é operacional e se refere à distribuição e à eficiência portuárias. Ambos precisam estar alinhados, no entendimento da SEP, ao Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), amparado na Lei 12.815 – a nova Lei dos Portos.

O objetivo dos estudos é melhorar a operação dos portos brasileiros e garantir o escoamento de toda a produção nacional. A ideia é que, em Santos, o trabalho determine não só o potencial de crescimento do cais e das instalações, mas também o tipo de carga a ser movimentada em cada região, nas duas margens do complexo marítimo.

O aperfeiçoamento do projeto Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog), que prevê o agendamento eletrônico das cargas que seguem para o Porto de Santos, também está entre os planos da Docas. Neste caso, o plano é garantir o acesso de caminhões carregados com mercadorias ao Porto de Santos.

Ainda neste ano, a Autoridade Portuária prevê a instituição do Sistema de Gerenciamento de Informações do Tráfego de Embarcações (VTMIS) do Porto. Com o sistema, que estará totalmente implantado em 2018, será possível saber a posição exata de cargueiros e, até, de caiaques.




Concurso

Pelo menos seis administradores de empresas devem ser contratados pela Docas, assim como três advogados, um contador, um psicólogo e um médico do trabalho. A previsão é de que o concurso seja realizado ainda neste trimestre. Serão abertas 29 vagas, com possibilidade de cadastro de reserva.

A Autoridade Portuária também pretende incorporar ao seu quadro funcional um engenheiro eletricista, um analista de sistemas, um arquiteto, um jornalista, um economista, um assistente social e um engenheiro de segurança do trabalho.

Relações-públicas, controlador de tráfego marítimo e enfermeiro do trabalho também serão contratados, um em cada função. Todos deverão comprovar a conclusão de curso superior.

Entre os cargos que exigirão apenas Ensino Médio, estão cinco vagas de técnico portuário, uma de técnico em segurança do trabalho e outra oportunidade para eletricista.

As provas serão aplicadas pela Coordenadoria de Apoio a Instituições Públicas da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Caip/USCS). O contrato entre a instituição e a Codesp já foi assinado.

Porto terá obras nas margens direita e esquerda

Importantes obras viárias estão entre os planos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para este ano. A elaboração do projeto executivo de um novo acesso à Margem Direita do cais santista e a análise dos estudos para a abertura da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda fazem parte das ações previstas pela Diretoria de Engenharia da estatal.

Governos Federal, Estadual e Prefeitura de Santos assinaram um convênio para realizar intervenções na entrada da Cidade. No total, elas deverão custar R$ 378 milhões, a serem divididos entre as três esferas do poder.

O projeto das intervenções que serão feitas nos acessos ao Porto ficou sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, a partir de um convênio com a Codesp. No entanto, o prazo contratual se esgotou antes da entrega dos estudos.

Para este ano, está prevista a assinatura de um novo convênio. Com isso, será possível a elaboração do projeto executivo, por intermédio de uma parceria entre essa secretaria estadual e a Autoridade Portuária.

Alça em viaduto

Está prevista a construção, pela União, de uma alça no Viaduto da Alemoa, a ser destinada aos caminhões que trafegam na Rodovia Anchieta com destino ao cais.

A ideia, com esse empreendimento, é que os veículos não precisem passar da faixa da direita para a da esquerda antes de acessar a passagem.

Com essa intervenção, os caminhões que descem o Viaduto da Alemoa com destino à Anchieta não precisarão acessar a alça existente. Com isso, também não será necessária a troca de faixas.

Também foi projetada a implantação de um segundo viaduto de acesso ao Porto. Ele ligará o Retão da Alemoa ao viaduto original. Isso eliminará a rotatória na via, e os caminhões que estiverem saindo do Porto terão como opção todas as faixas da Avenida Augusto Scaraboto (continuação do viaduto na Alemoa).

Perimetral

Ainda na Margem Direita do Porto de Santos, a Docas pretende, neste ano, licitar as obras do trecho 1 da Avenida Perimetral. Neste caso, a obra será realizada entre a Alemoa e o Saboó.

A via terá 580 metros de extensão e se estenderá do Viaduto Paulo Benevides até as estruturas do Terminal Intermodal de Santos (TIS). Nesta obra, também está prevista a abertura do canal de drenagem da Alemoa.

A Docas também planeja para este ano reurbanizar a Bacia do Canal 4. Trata-se da adequação do sistema viário naquela região, com o objetivo de melhorar a distribuição dos diversos fluxos de veículos portuários e urbanos que utilizam a Avenida Perimetral da Margem Direita.

Para a reurbanização, é necessária a elaboração de um projeto funcional, de um termo de referência e de uma planilha orçamentária para a contratação do projeto executivo do empreendimento.

Margem Esquerda

Para este ano, também está prevista a abertura da licitação para o início das obras da primeira etapa da segunda fase da Avenida Perimetral da Margem Esquerda.

No entanto, para que essa via se torne realidade, ainda é necessária a análise e a aprovação do projeto executivo pela Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

Tal projeto abrange o trecho entre a Rodovia Cônego Domênico Rangoni e a Avenida Perimetral. Concretizado, deverá proporcionar a segregação do tráfego, melhorando a movimentação de cargas e aumentando a segurança do trânsito urbano.

Está prevista a construção de uma ponte estaiada sobre a Rodovia Cônego Domênico Rangoni com, aproximadamente, 500 metros de extensão, e de um viaduto na Avenida Santos Dumont, em vigas pré-moldadas, com cerca de um quilômetro de extensão. O serviço está estimado em R$ 110 milhões. (FB)

Fonte: A Tribuna, 2/2/2017.

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