Crise afeta temporada de cruzeiros e poucos navios farão escala em Santos


A crise econômica somada à falta de competitividade diante de outros destinos confirmam as expectativas de uma temporada de cruzeiros bem mais enxuta. No próximo mês, os primeiros navios começam a chegar, em número menor do que na temporada passada.




Em 2015/2016, a temporada terminou quando o cruzeiro Rhapsody of the Seas, da Royal Caribbean, deixou o Porto de Santos com destino a Barcelona. Para este ano, uma das ausências é exatamente desta operadora,  que não terá navios no Brasil.




A escala de cruzeiros em Santos começa no dia 14 de novembro e contará com dez companhias que confirmaram 14 embarcações na temporada. Juntas, elas garantirão 70 dias de operação no terminal santista, contra 17 embarcações na de 2015/2016, que teve 100 dias de operação.




Sueli Martinez, diretora de operações do Concais, que administra o Terminal de  Passageiros Giusfredo Santini, detalha que quatro navios farão escala regular na Cidade: dois da MSC, um da Pullmantur e outro da Costa.




Até o momento, dez embarcações confirmaram escala em trânsito. Na temporada passada, dez fizeram este tipo de  escala e outros sete navios atracaram no terminal. Escala em trânsito é quando os transatlânticos saem de outros portos e param em Santos por algumas horas para que passageiros desçam para conhecer a cidade.




Já os que fazem escalas regulares utilizam o cais santista para embarque ou desembarque, no início ou fim da viagem. Os navios em trânsito, explica Sueli, são importantes para movimentar a economia municipal porque os passageiros saem e consomem, mas utilizam pouco a infraestrutura do terminal, que vive das escalas regulares.





Profissionais




“Na última temporada, nós contratamos 450 profissionais de forma direta. Neste ano, foram 270. A economia sentirá bastante: o terminal, os serviços de ônibus, abastecimento”, reconhece Sueli.




De acordo com ela, os cruzeiros marítimos representam um mercado bastante flutuante, mas Santos enfrenta uma forte concorrência com outros destinos, como Dubai, Austrália e Cuba, que recebem navios deste mesmo porte.




Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar), diz que, de  forma geral, o Brasil enfrenta, sim, falta de competitividade e isso ficou ainda mais evidente com a crise. “Temos custos de operações em média 40% mais caros do que fora do país. Isso envolve portuários, impostos, praticagem e falta de infraestrutura que também acaba remetendo a custos maiores e, no fim, perdemos passageiros”,afirma.




Ferraz informa que na temporada passada foram utilizados cerca de 550 mil leitos. Neste ano, o número deve girar em torno de 380 mil. Em Santos, conforme Sueli Martinez, calcula-se uma queda de 60% de passageiros embarcados esse ano.




“Ainda estamos conversando com o setor para encontrar maneiras de atrair mais navios”, garante Ferraz. Na opinião de Sueli, a economia já começa a reagir e, com isso, a próxima temporada será melhor.

Fonte: A Tribuna, 16/10/2016.


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