A diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Flávia Takafashi, destacou a importância da elaboração de estudos que tratam da adaptação climática e de alterações na regulação para provocar mudanças no setor.
“Os portos são a fronteira para o processo de descarbonização”, disse a diretora no painel “Brasil: Infraestrutura em Risco – Resiliência ou Colapso?” do evento CNN Talks - COP30: Resiliência Climática: Regulação e Financiamento, realizado pela CNN em parceria com a Agência iNFRA, na noite da última terça-feira (08).
Flávia explicou que os portos entenderam os possíveis riscos e impactos das mudanças climáticas a partir da publicação desses dois estudos e começaram a elaborar ações e realizar investimentos que garantam avanços no tema.
“Foi por conta desse estudo, que nós fizemos em 2022 e aprovamos em 2023, e infelizmente o que aconteceu em 2024 no Porto de Porto Alegre, que os portos públicos começaram a olhar para a resiliência climática. Esse movimento já acontece nos portos privados há um pouco mais de tempo”, afirmou.
Outro ponto mencionado pela diretora é como instrumentos regulatórios podem incentivar e dar mais segurança jurídica para os portos se tornarem mais verdes. Na ocasião, ela mencionou as cláusulas nos novos contratos que garantem a elaboração de um inventário de emissões de gases de efeito estufa e, para projetos de hidrovias, o monitoramento dos impactos climáticos, principalmente em comunidades ribeirinhas.
Sobre os levantamentos
O estudo sobre os impactos e os riscos da mudança climática, feito em parceria com a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), mapeou as principais ameaças climáticas e os impactos da mudança do clima.
Na primeira etapa foram analisados 21 portos públicos e, na segunda fase, a Agência fez um estudo de caso em três portos (Santos, Aratu e Rio Grande) usando uma metodologia desenvolvida em parceria com a agência de fomento alemã.
No caso do levantamento “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e aplicações do Hidrogênio nos Portos”, que também foi elaborado em conjunto com a GIZ, o objetivo foi verificar como as infraestruturas portuárias brasileiras estão se preparando para o recebimento de embarcações com combustível verde, produção de energia eólica, eletrificação de equipamentos portuários e sistemas Onshore Power Supply (OPS).
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