Dragagem do Porto de Vitória atrasa mais uma vez e fica para agosto
A assinatura do contrato para aumentar a profundidade do Porto de Vitória completa 19 anos em dezembro. Ainda assim, quase duas décadas depois, as obras de dragagem ainda não foram entregues. Nesta terça-feira (4), o diretor-presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Luis Cláudio Montenegro, anunciou novo prazo para que a obra fique pronta: final de agosto.

O Porto de Vitória, contudo, só deverá estar pronto para receber navios de maior porte em dezembro. É que após o final da dragagem, será preciso realizar a batimetria - uma espécie de raio-x do fundo do mar - para constatar se os 13,5 metros de profundidade são mantidos por todo canal onde os navios deverão passar.

O prazo estimado por Montenegro é que a Marinha - órgão responsável pela autorização - homologue os novos limites do porto em três meses após o fim da obra.

Esta última etapa da dragagem foi iniciada em julho do ano passado e foi estabelecido um prazo para que o serviço fosse entregue em outubro de 2016. No entanto, a obra está parada desde abril, quando Montenegro afirmou que o contrato permitia que a empresa retirasse apenas mais 3,5 mil metros cúbicos da Baía de Vitória. O projeto total era da remoção de 1,8 milhões de metros cúbicos.

Como acabou sendo retirado mais do que previa o projeto, nos últimos três meses o diretor-presidente da Codesa e os gestores do consórcio português (formado pela Dratec/Etemar/Rohde Nielsen) negociaram os pontos em que seriam utilizados o restante dessa cota. As obras devem ser retomadas nos próximos dias, segundo Montenegro.

“Será um trabalho rápido pois é um volume pequeno. Resolvemos adequar o projeto para não ser necessário ter um aditivo no contrato. Está tudo sobre controle, temos recursos disponíveis e a obra deve ser entregue em 30 ou 40 dias”, contou.

Com as obras finalizadas, o calado do canal de acesso do porto passa para 14 metros, enquanto a bacia de evolução - onde o navio faz a manobra - chegará à cota de 13,5 metros, o que permitirá receber navios com até 70 mil toneladas, mais do que o dobro das 30 mil toneladas de carga - limite que está em vigor atualmente.

Montenegro revela ainda que existe um projeto para que uma nova dragagem seja feita a longo prazo, chegando aos 14 metros de calado também na bacia de evolução - como estava no projeto inicial, mas foi reajustado para 13,5 metros.

“É algo que estamos estudando no Ministério dos Transportes. Isso passará pela retirada de rochas próximas da Beira-Mar, por isso é algo pensado a longo prazo. Com essa mudança, o Porto teria capacidade para manobrar um navio de 280 metros, enquanto que hoje o limite é 242 metros”, explica.

O contrato em vigor foi fechado em 2012, com um valor inicial de R$ 85,6 milhões. No ano passado, após ficar quase um ano parado, a obra saltou para R$ 120 milhões, fora outras tentativas frustradas de aumentar a profundidade do porto.

Na ocasião, o argumento é de que foi encontrado no fundo do mar rochas de argila plástica, um material que exigia o uso de outro equipamento, daí o adicional no contrato com o consórcio.

Fonte: G1, 5/7/2017.

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