Novo projeto de revitalização dos armazéns do Valongo sai até o fim do ano
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, pretende concluir, até o fim deste ano, uma nova proposta de revitalização para a região entre os armazéns 1 ao 8, no Valongo. O estudo vai substituir o projeto Porto Valongo Santos, elaborado em 2012 e que previa a instalação de um centro de turismo e lazer no local.

"Isso já vem sendo discutido há quase um ano, mas a solução ainda não foi definida. Nós temos ali uma área de interesses mútuos. Temos que fazer a ampliação da malha ferroviária, temos que preservar a história, temos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público com algumas considerações que devem ser respeitadas", destacou o diretor-presidente da Autoridade Portuária, José Alex Oliva.

De acordo com o executivo, ao menos três pontos são avaliados pelos técnicos da Docas. São eles: a necessidade de expansão da malha ferroviária, os estudos para a construção de um novo acesso ao Porto e as recomendações feitas pelo Ministério Público à época do projeto Porto Valongo Santos.

A Rumo, responsável pelo serviço de transporte ferroviário no cais santista, já protocolou um projeto de revitalização para a área do Valongo na Autoridade Portuária. O material também contempla a construção de um pátio ferroviário, com 13 linhas férreas, e a eliminação do conflito rodoferroviário na região do Armazém 1.

A alternativa de revitalização proposta pela Rumo mantém o espírito de integração Porto-Cidade e permite a implantação de um projeto de aproveitamento turístico e de serviços na região entre os armazéns 1 ao 4. Segundo a empresa, a elaboração do projeto conceitual está orçada em R$ 200 milhões e inclui a solução do conflito rodoferroviário e a revitalização da área, que pode ser aproveitada para comércio, turismo e lazer.

A ideia é criar duas passarelas para pedestres (garantindo o acesso do público aos armazéns com segurança) e um prédio, que avançaria sobre o canal do estuário. A readequação do viário extinguiria a Praça da Fome, em frente ao Armazém 1, onde os caminhões ficam estacionados. Com isso, o empreendimento contaria com uma área com estacionamento subterrâneo e uma nova praça, integrada à Estação do Valongo e ao Museu Pelé.

O presidente da Codesp, Alex Oliva, destaca ainda a necessidade de que a atualização do projeto de revitalização leve em conta os estudos em desenvolvimento para a construção de um novo acesso ao cais santista.

"Nós estamos buscando uma solução equilibrada para que, até o final do ano de 2018, a gente apresente à sociedade uma proposta de revitalização daquela área. Eu diria que nós avançamos bastante. O diálogo está bastante saudável. Claro que os interesses nem sempre são coincidentes, tem alguns conflitos, mas esses conflitos estão sendo amenizados e está havendo um consenso com as partes para se buscar uma solução o mais rápido possível. O pior estágio é não fazer nada. Temos que fazer alguma coisa e o prazo é curto. Temos que iniciar isso o quanto antes", disse.

Porto Valongo Santos

Elaborado em 2012, o projeto Porto Valongo Santos previa a instalação de um centro de turismo e lazer em uma área de 141,9 mil metros quadrados, na região do Centro Histórico. À época, seriam necessários R$ 513,9 milhões para a implantação do empreendimento. Neste montante, não estava incluído o custo de construção do terminal de passageiros que seria instalado nas proximidades do Armazém 6.

Considerada independente, o terminal estava sob a responsabilidade da Docas. A princípio, ele ocuparia um terreno de 71 mil metros quadrados, com três berços de atracação e capacidade para receber 12 mil turistas por dia.

O projeto de recuperação, elaborado pela Ove Arup & Partners, contratada pela Prefeitura de Santos, também previa a implantação de unidades de órgãos públicas na área. Havia planos para a construção de bases dos bombeiros e da Força Aérea, escritórios de turismo e de autoridades públicas e um centro científico oceanográfico, a ser operado pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) nos armazéns 7 e 8.

Fonte: A Tribuna, 25/2/2018.

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