Ponte na Área Continental de Santos gera debate
A comunidade portuária defende ampla discussão sobre a futura ligação seca entre as margens do Porto de Santos. Entidades que representam empresas do setor temem os impactos que o projeto da ponte entre o Saboó e a Ilha Barnabé, na Área Continental de Santos, pode trazer ao desenvolvimento e à expansão do complexo marítimo nos próximos anos.

A ponte projetada pela Ecovias, a concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão, com início na entrada de Santos, no km 64 da Via Anchieta, e término próximo ao acesso à Ilha Barnabé, a cerca de 500 metros da praça de pedágio de Guarujá, no km 250 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

O temor da comunidade portuária gira em torno do vão principal da ponte, que terá altura de 85 metros. Segundo a Ecovias, embarcações que transportam portêineres (equipamentos utilizados para o carregamento de navios) chegam a 73 metros de altura. Já a largura entre os pilares será de 305 metros e, segundo relatos, poderá criar restrições à bacia de evolução.








Para o secretário estadual, o complexo santista tem outras características, como largura, profundidade e morfologia (em especial, as curvas) do canal, que impõe restrições naturais à expansão de suas atividades e à escala de meganavios. “Não estamos gerando restrições ou perda de valor, estamos agregando valor ao Porto”, informou Octaviano, destacando o total de R$ 500 milhões que será investido nas vias de acesso ao cais santista.

O diretor da Ecovias, Rui Klein, tem a mesma posição. Ele também aponta os testes já realizados para atestar a viabilidade do projeto. “Estamos fazendo simulações de navios de 400 metros (de comprimento) por capricho nosso, no sentido de ver um algo a mais. Mas nem está no horizonte de navegação, é só para ter essa tranquilidade. Ele (o navio) passa, mas não entraria por outras limitações de características do Porto de Santos”, destacou.





Porém, o secretário acredita que a melhor opção para ligação entre as duas margens do Porto é a ponte. Isto porque, segundo ele, o túnel submerso, que custará R$ 5 bilhões – e não R$ 3,2 bilhões, que era o valor previsto em 2014 –, não contribuirá para a logística portuária. “Se amanhã aparecer outro projeto que ainda não foi pensado, podemos analisar”, afirmou.

Hoje, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) analisa estudos e projetos encaminhados pela Ecovias para avaliação de viabilidade técnica do projeto da ponte. Os estudos também são avaliados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a obtenção do licenciamento ambiental da obra.

Fonte: A Tribuna, 21/07/2019.[:en]A comunidade portuária defende ampla discussão sobre a futura ligação seca entre as margens do Porto de Santos. Entidades que representam empresas do setor temem os impactos que o projeto da ponte entre o Saboó e a Ilha Barnabé, na Área Continental de Santos, pode trazer ao desenvolvimento e à expansão do complexo marítimo nos próximos anos.

A ponte projetada pela Ecovias, a concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, terá cerca de 7,5 quilômetros de extensão, com início na entrada de Santos, no km 64 da Via Anchieta, e término próximo ao acesso à Ilha Barnabé, a cerca de 500 metros da praça de pedágio de Guarujá, no km 250 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

O temor da comunidade portuária gira em torno do vão principal da ponte, que terá altura de 85 metros. Segundo a Ecovias, embarcações que transportam portêineres (equipamentos utilizados para o carregamento de navios) chegam a 73 metros de altura. Já a largura entre os pilares será de 305 metros e, segundo relatos, poderá criar restrições à bacia de evolução.








Para o secretário estadual, o complexo santista tem outras características, como largura, profundidade e morfologia (em especial, as curvas) do canal, que impõe restrições naturais à expansão de suas atividades e à escala de meganavios. “Não estamos gerando restrições ou perda de valor, estamos agregando valor ao Porto”, informou Octaviano, destacando o total de R$ 500 milhões que será investido nas vias de acesso ao cais santista.

O diretor da Ecovias, Rui Klein, tem a mesma posição. Ele também aponta os testes já realizados para atestar a viabilidade do projeto. “Estamos fazendo simulações de navios de 400 metros (de comprimento) por capricho nosso, no sentido de ver um algo a mais. Mas nem está no horizonte de navegação, é só para ter essa tranquilidade. Ele (o navio) passa, mas não entraria por outras limitações de características do Porto de Santos”, destacou.





Porém, o secretário acredita que a melhor opção para ligação entre as duas margens do Porto é a ponte. Isto porque, segundo ele, o túnel submerso, que custará R$ 5 bilhões – e não R$ 3,2 bilhões, que era o valor previsto em 2014 –, não contribuirá para a logística portuária. “Se amanhã aparecer outro projeto que ainda não foi pensado, podemos analisar”, afirmou.

Hoje, a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) analisa estudos e projetos encaminhados pela Ecovias para avaliação de viabilidade técnica do projeto da ponte. Os estudos também são avaliados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a obtenção do licenciamento ambiental da obra.

Fonte: A Tribuna, 21/07/2019.

 

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