Praticagem de São Paulo diz que profundidade do canal influenciou em acidente com navio
A Praticagem de São Paulo, responsável pelos profissionais que orientam comandantes de navios nas manobras de entrada e saída do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, considera que a profundidade do canal de navegação contribuiu para colisão de um porta-contêineres com três balsas na noite domingo (6). O caso é investigado pela Marinha.

O navio Santos Express colidiu lateralmente com três balsas que realizam a travessia de veículos entre Santos e Guarujá. As embarcações FB-18, FB-19 e FB-28 foram atingidas e tiveram diversos danos. O acidente foi registrado em vídeo por motoristas que utilizam o serviço e funcionários da empresa. Ninguém se feriu.

"Se não houve falha de máquina, a única coisa que pode contribuir [para o acidente] é que ele [o prático] sentiu a pouca profundidade. O navio foi mais à direita em busca de mais água", explicou o diretor de relações institucionais da praticagem, Fábio Mello Fontes. A bordo do navio, segundo a instituição, estavam dois práticos em serviço.

Navio Santos Express é flagrado colidindo em balsas no acesso ao Porto de Santos, SP (Foto: Nicolau Chafick Miguel Junior/Arquivo Pessoal)  Navio Santos Express é flagrado colidindo em balsas no acesso ao Porto de Santos, SP (Foto: Nicolau Chafick Miguel Junior/Arquivo Pessoal)

Navio Santos Express é flagrado colidindo em balsas no acesso ao Porto de Santos, SP (Foto: Nicolau Chafick Miguel Junior/Arquivo Pessoal)

"O prático quando percebeu o que poderia acontecer, tentou amenizar do jeito que pode. O prático foi mestre. Quando ele percebeu, tentou amenizar o acidente. Foi o prático quem evitou um acidente maior", declarou Fontes, nesta segunda-feira (7). O acidente é alvo de uma investigação da Marinha do Brasil para apurar causas e responsabilidades.

Colisão

O monitoramento via satélite do navio Santos Express indicou que ele acessou o Canal do Estuário, utilizado para a navegação aos terminais do Porto de Santos, às 20h22. Exatos sete minutos depois, a embarcação, que tem 48 metros de largura (boca), aproximou-se bruscamente da Margem Esquerda do cais, em Guarujá.

Durante um minuto, a lateral direita do cargueiro se arrastou pelas três balsas, utilizadas pela estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) no serviço de travessias marítimas no litoral paulista. As duas primeiras embarcações estavam fora de serviço, e a terceira havia desembarcado veículos momentos antes.

Em razão do tamanho do navio, ao menos um barco rebocador auxiliava na manobra do navio de acesso ao complexo. Após o ocorrido, o cargueiro alinhou-se novamente no canal e atracou em segurança no cais da DP World Santos, também na Margem Esquerda,às 21h13, para onde deslocaram-se peritos da Marinha.

A Hapag-Lloyd, armadora proprietária do navio, que tem bandeira alemã e foi batizado em novembro de 2017, informou que está colaborando com as autoridades e que a ocorrência também é alvo de uma apuração interna. Duas das balsas atingidas permanecem inoperantes, sem previsão de retorno ao serviço de travessias.

Fonte: G1, 8/5/2018.

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