Retomada de cruzeiros pós-pandemia vai gerar emprego e renda no país, aponta debate
Em audiência promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado nesta segunda-feira (4), os debatedores apontaram a relevância dos cruzeiros náuticos para o turismo nacional e também destacaram a importância das medidas sanitárias para os turistas. A audiência faz parte de um ciclo de debates da CDR sobre “As Perspectivas e os Desafios no Pós-ômicron”, conforme proposto pelo presidente da comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL). Na semana passada, a comissão debateu a importância dos eventos musicais e culturais para o setor de turismo no ambiente pós-pandemia.

Collor afirmou que o setor de cruzeiros foi possivelmente a área do turismo mais afetada pela pandemia do coronavírus. Com base em um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o senador informou que a participação dos cruzeiros no turismo era significativa para o país. Entre novembro de 2019 a março de 2020, os oito navios que operaram na costa brasileira transportaram 470 mil viajantes. O estudo também apontou que cada um real investido nos cruzeiros movimentou R$ 4,63 reais na economia nacional.

O senador lembrou que o setor começou a voltar às atividades no ano passado. No início de janeiro, no entanto, houve uma nova interrupção das atividades em decorrência de recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por conta da variante ômicron. Ele acrescentou que a temporada dos cruzeiros foi retomada em março.

— A hora agora é de trabalho. Um país como o Brasil, com esse imenso litoral, merece um setor de cruzeiros pujante. Precisamos trabalhar imediatamente para não apenas retomar os cenários de antes da pandemia, mas para superá-los — afirmou o presidente da CDR.

Saúde
A secretária nacional de Atração de Investimentos do Ministério do Turismo, Débora Gonçalves, disse que o turismo náutico nunca foi tão valorizado quanto agora no governo. Ela disse que a última temporada de cruzeiros movimentou R$ 2,4 bilhões no país, gerando mais de 34 mil empregos. De acordo com a secretária, cada “cruzeirista” gasta cerca de US$ 100 nas cidades que visita. Débora Gonçalves destacou a importância das medidas de segurança na saúde, tanto para o turista como para aquele trabalhador que vive do turismo.

— Não há turismo sem saúde. As medidas sanitárias são bem-vindas, para que o turismo seja feito com segurança — salientou a secretária.

O diretor da 5ª Diretoria da Anvisa, Alex Machado Campos, disse que o turismo foi um dos temas mais sensíveis durante a pandemia. Para ele, a pandemia trouxe um aprendizado para as questões de segurança sanitária. Ele também ressaltou que a Anvisa está atenta ao aperfeiçoamento dos protocolos sanitários, de forma a proteger a saúde do viajante e permitir a atividade econômica.

— Em um ambiente de pandemia mais controlada, é possível conviver com protocolos que viabilizem a atividade — declarou o diretor.

Infraestrutura
A secretária municipal de Turismo, Esporte e Lazer de Maceió (AL), Patrícia Mourão, enfatizou a importância dos cruzeiros ao registrar que uma cidade pode receber cerca de R$ 1 milhão dos turistas quando um navio para em seu litoral. Ela informou que Maceió inaugurou, em dezembro do ano passado, um terminal que conta com infraestrutura para receber mais de dois mil visitantes provenientes de cruzeiros.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Clia Brasil), Marco Ferraz, o setor está retomando as atividades e conseguiu vender cerca de 75% das vagas ofertadas para 2022. Ele também informou que o setor assumiu compromissos para reduzir emissões poluentes e implantar sistemas avançados de tratamento de água. Ferraz ainda fez um pedido para que os governos invistam mais em infraestrutura para o recebimento dos cruzeiros, como forma de incentivar o turismo.

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