Safra recorde na América do Sul faz soja ter menor preço no ano
Previsões recordes de produção no Brasil e na Argentina levaram a soja a registrar os menores preços do ano no contrato de maio, segundo Daniele Siqueira, da AgRural.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja, seguido da Argentina. Já os Estados Unidos lideram a produção mundial.

O contrato de maio chegou a registrar a mínima de US$ 9,92 por bushel nesta terça-feira (14), terminando o pregão em US$ 9,9925.

A soja já vinha tendo um cenário de baixa na semana passada, provocado por recuos de preços em outras commodities, como o petróleo.

Além disso, a soja tinha um suporte de US$ 10 por bushel em janeiro. Ao romper para baixo esse valor, provoca uma tendência de vendas dos contratos futuros, principalmente dos fundos de investimentos.

Além da produção recorde na América do Sul, o mercado avalia também o aumento de área de plantio nos Estados Unidos.

As informações mais recentes do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicam que os norte-americanos vão semear 35,6 milhões de hectares nesta safra, 1,9 milhão a mais do que na de 2016.

Essa é a primeira estimativa do Usda, que deverá ser revista no final deste mês. Diante dos preços da oleaginosa mais atraentes do que os do milho, é possível até que essa área aumente, segundo Siqueira.

Os números atuais de plantio do Usda, levando em consideração a produtividade média da área colhida na safra passada, elevariam a produção do país para 123 milhões de toneladas.

A analista da AgRural afirma, no entanto, que ainda é muito cedo para uma avaliação de safra nos Estados Unidos.

Só com a confirmação da área de plantio e com a evolução do clima será possível uma estimativa. Além disso, a área semeada nem sempre corresponde à que será colhida.

O mercado de Chicago vinha sustentando os preços com base na forte demanda de soja pela China. A partir deste mês, no entanto, as compras dos chineses se voltaram para o Brasil, influenciando a Bolsa de Chicago.

O recuo de preços da soja não é bom para o produtor brasileiro, principalmente porque apenas 43% da safra 2016/17 foi comercializada antecipadamente.

A taxa média dos últimos cinco anos é de 54%, segundo acompanhamento da AgRural.

O produtor mais capitalizado poderá esperar para negociar o produto em momentos de indefinição do clima durante a safra norte-americana.

Já os que têm dívidas para pagar, e serão obrigados a vender mais rapidamente, vão acabar sofrendo os impactos do mercado, se essa tendência de queda continuar.

Fonte: Folha de SP, 15/3/2017.

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