Terminal vai conectar o interior ao porto
A decisão da VLI de criar um megaterminal portuário para exportação de agronegócio em Santos teve o objetivo de facilitar o acesso da carga ferroviária à Baixada Santista, e não ser um investidor isolado de porto.

"O grande problema de capacidade em Santos é a integração com o modal ferroviário. Não existe conexão eficiente do sistema. Nossa intenção foi criar essa conexão do interior com o porto", diz o diretor presidente da VLI, Marcello Spinelli.

Segundo ele, a operação completa de um trem desde a chegada na altura de Cubatão de onde a composição segue para uma das duas margens do porto (Santos ou Guarujá), o acesso a um terminal do porto e o retorno leva de 30 a 36 horas. Para acessar o Tiplam, o circuito todo é feito em seis horas. Quanto mais giro, maior a produtividade.

Localizado às margens da rodovia Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçaguera-Guarujá), no município de Santos, o Tiplam tem acesso somente ferroviário para cargas, a partir de uma linha que deriva da concessão da MRS. Para não fazer fila de trens, a VLI construiu dois pátios na Baixada Santista no valor de R$ 40 milhões.

"As margens estão sendo melhoradas, mas vai demorar. A VLI rompeu com esse negócio ao criar a 'margem central' [o Tiplam]. Mas a gente continua atendendo a margem direita e a esquerda e vai atender sempre, pois os terminais são nossos clientes", afirma o executivo.

O Tiplam nasceu como um terminal de importação de fertilizantes, mas a VLI decidiu expandilo para movimentar outras cargas (ver reportagem ao lado). A expansão acrescenta ao terminal cerca de 12 milhões de toneladas de capacidade ao ano, saindo de 2,5 milhões de toneladas para 14,5 milhões de toneladas a maior parte grãos. Essa diferença, diz o executivo, é basicamente do excedente que hoje não vai para a Baixada Santista.

"Não tenho necessidade de ser investidor de porto. Quero só um bom acesso ferroviário. Alguém se candidata? Não, então entramos nesse negócio", afirma Spinelli.

Dentro do Tiplam há 14 quilômetros de linha em forma de uma pera tripla, para uma operação de três trens simultâneos um de grãos, outro de açúcar e outro de fertilizantes. Com isso, a composição não precisa ser "quebrada". O tempo previsto para o descarregamento de cada trem com 80 vagões é de quatro horas. A moega para recebimento das cargas é dupla, para quatro vagões cada uma.

O layout final do terminal será composto de quatro armazéns para cargas do agronegócio, dois para fertilizantes e dois pátios para enxofre. O terminal poderá operar quatro navios ao mesmo tempo.

Fonte: Valor Econômico, 24/1/2017.

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