União vai revogar leilão vencido pela Marimex em 2015
O governo vai revogar o leilão de uma área no porto de Santos (SP) para movimentação de celulose e papel, vencido pela Marimex em 2015. A revogação será feita via portaria a ser assinada pelo ministro dos Transportes, Maurício Quintella, nos próximos dias.

O próximo passo é apresentar um novo projeto de licitação da área revogada e outro de remodelação de uma área vizinha, que terá ampliação do cais e da oferta para cargas como trigo e soja, com investimentos de empresas ali instaladas.

O leilão do chamado lote do Paquetá em Santos foi realizado em dezembro de 2015, dentro do Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo Dilma Rousseff. Apenas a empresa de logística retroportuária Marimex entrou na disputa.

Arrematou o ativo por R$ 12,5 milhões, mas nunca assinou o contrato. Logo após vencer o leilão, a empresa tentou rever os termos da licitação alegando que os estudos tinham problemas, como demanda de carga superestimada, que inviabilizavam o negócio. O governo não acatou o pleito, argumentando que a empresa assumira o risco do projeto ao entrar no leilão. O Ministério dos Transportes poderia executar a garantia da proposta, no valor de R$ 15 milhões, mas optou por estudar uma alternativa menos traumática.

Já há algum tempo a Secretaria de Portos, vinculada ao ministério, estudava uma forma de planejar melhor uma área, nas imediações do lote arrematado pela Marimex, para atender os setores de fertilizantes, trigo e soja. Nessa região estão os terminais da chinesa de alimentos Cofco, que movimenta trigo e soja; a correia transportadora da Bunge, para trigo; e os armazéns da Rodrimar para fertilizantes.

O cais que atende essas empresas só consegue acomodar duas embarcações, o que tende a piorar com os planos de expansão previstos por elas. Só a Cofco pretende, no mínimo, duplicar a capacidade de movimentação para 5 milhões de toneladas por ano, caso consiga renovar antecipadamente os contratos dos dois terminais que opera mediante novos investimentos o que seria facilitado com essa decisão de remodelação.

Ocorre que a extensão do cais que no anteprojeto vai de 70 metros a 110 metros prejudicaria o acesso a um dos dois berços do futuro terminal da Marimex, inviabilizando o negócio nos termos do que foi leiloado.

O governo questionou então se a Marimex pediria alguma indenização caso o leilão fosse cancelado. A empresa disse que não, desde que Brasília não executasse a garantia da proposta.

Fonte: Valor, 23/3/2013.

Leia Também Outras Notícias

Agência Porto
| 02 jul, 2025

Infra S.A. reforça participação técnica no desenvolvimento do Plano Nacional de Logística 2050

Leia mais
Agência Porto
| 02 jul, 2025

Nos 70 anos do Porto de São Francisco, governador destaca investimentos e anuncia obras de infraestrutura

Leia mais
Agência Porto
| 02 jul, 2025

Licitação do Terminal de Contêineres do Porto de Fortaleza deve ser lançada ainda este ano, diz MPOR

Leia mais

Como podemos ajudar?

Conte como podemos auxiliar com um dos nossos serviços e soluções.

Solicite um orçamento

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Privacidade.