Arco Norte prevê forte expansão do escoamento de grãos até 2017
Principal via de acesso do chamado Arco Norte, o rio Tapajós tornou-se a maior aposta das tradings e prestadores de serviços do agronegócio como alternativa de escoamento da safra brasileira de grãos: o caminho até o porto é mais curto, o frete, mais barato, e não se esperam grandes congestionamentos para o embarque, como ocorre nos portos do Sudeste e Sul.

Passados quase três anos de preparação, entre emissões de licenças e obras, a Hidrovias do Brasil e a joint venture entre ADM e Glencore iniciaram suas operações portuárias em Barcarena, no Pará. Com isso, a safra de grãos 2016/17 que se aproxima já começará a ser escoada pelo Centro-Oeste a partir de fevereiro do ano que vem.

A chegada dos terminais privados à região consolida a nova e mais aguardada rota logística para o transporte de grãos no país. Juntas, elas vêm somar-se às operações da Bunge, que, já em 2014, começou a movimentação comercial pelo corredor fluvial Miritituba-Barcarena. Se tudo der certo, serão quase 10 milhões de toneladas escoadas pelo rio já na próxima safra. Para 2020, a expectativa é de uma capacidade operacional de cerca de 40 milhões de toneladas de grãos ao ano, à medida que concessões avançarem e aportes privados bilionários forem finalizados.

"Estamos bastante otimistas", disse Bruno Serapião, CEO da Hidrovias do Brasil, estimando fechar 2016 já com 1 milhão de toneladas movimentadas.

O resultado é considerado positivo, apesar de os embarques terem começado justamente em um ano de quebra na safra do milho no Brasil, o que levou a cancelamentos de contratos de exportação para o abastecimento do mercado interno. Segundo Serapião, a empresa perdeu 300 mil toneladas por "questões mercadológicas", mas está cumprindo os pedidos.

Para 2017, a projeção é chegar a três milhões de toneladas e alcançar a capacidade operacional de 6,5 milhões de toneladas de grãos por ano em 2020. Ainda segundo o executivo, as parcerias de longo prazo possibilitarão uma geração de caixa de US$ 140 milhões ao ano quando o projeto atingir capacidade operacional.

Fonte: Guia Marítimo, 11/09/2016.

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