A importância das hidrovias para o equilíbrio da matriz brasileira de transportes e o projeto da Antaq sobre esse tema será discutida, nesta sexta-feira (22), a partir das 15 horas, em uma live da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP). O secretário especial de Estudos e Projetos na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Bruno Pinheiro, debaterá o assunto durante o evento online, organizado pelo Comitê de Infraestrutura da entidade. Hoje o Brasil usa só 29,7% de suas hidrovias.
Com o título Projeto Hidrovias – Antaq, a live será transmitida pelo canal da ATP no Youtube (@TerminaisPrivados). Fundamentais para se garantir acesso aos Terminais Portuários de Uso Privado (TUP), as hidrovias brasileiras são uma rede vital de transporte que conecta comunidades e apoia o crescimento econômico em todo o país. Em 2022, segundo a Antaq, elas foram responsáveis por transportar mais de 116 milhões de toneladas de carga, quase 10% de todo o volume relacionado ao transporte aquaviário registrado no período.
O Projeto Hidrovias, da Antaq, visa desenvolver a elaboração de estudos preliminares e levantamentos técnicos que culminarão em projetos de acessos hidroviários fundamentais para o escoamento de mercadorias pelos terminais: Rio Madeira, Rio Tapajós, Rio Paraguai, na região da Barra Norte, no Rio Tietê-Paraná e no Rio São Francisco. Nos últimos 10 anos, a agência participou do processo de autorização de mais de 140 terminais privados, consolidou sua agenda ambiental e hoje tem no fomento às hidrovias um dos principais focos de sua atuação.
A ATP reconhece os ganhos logísticos que uma hidrovia estruturante gera para a logística nacional. Isso porque, segundo dados oficiais, um único comboio de transporte aquaviário equivale a mais de 250 vagões ou a mais de 500 carretas. Além disso, os custos de implantação de hidrovias são apenas de 2% a 8% daqueles necessários para construção de ferrovias e rodovias, respectivamente, sem contar os impactos positivos diretos em consumo de combustíveis e a consequente redução de poluentes na atmosfera.
De acordo com a associação, o crescimento de hidrovias pode resultar em desenvolvimento econômico de todo o país, já que poderá gerar oportunidades de negócios, para que se torne mais fácil e acessível o transporte de mercadorias e pessoas pelo Brasil. A existência de hidrovias estruturantes possibilitará que o país tenha uma matriz de transporte equilibrada, com maior intermodalidade e menor impacto ambiental.