A dragagem contratada pelo governo por quase R$ 400 milhões para aumentar a profundidade do canal de acesso e dos berços de atracação do porto de Paranaguá (PR), o mais importante do país para o agronegócio, não está atingindo as metas previstas em contrato. O desempenho pode provocar atrasos no projeto. A conclusão é de técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União), em relatório obtido com exclusividade pela Agência iNFRA.
A obra foi contratada em 2015 junto à DTA Engenharia. O objetivo do contrato era fazer com que a profundidade chegasse a 14 metros nas principais áreas de acesso e atracação do porto ao fim do período de 18 meses, o que ocorreria em 2018. A profundidade era de 12 metros no início do contrato.
Após o processo de dragagem, os terminais poderiam receber navios maiores, tanto de contêiner quanto de granel. Seria possível uso de navios com calado de até 12,8 metros, de acordo com o relatório, o que poderia reduzir custos de frete aos produtores.
Mas, em nenhum momento da execução do contrato, a empresa atingiu o que é chamado de produtividade mínima estabelecida para cada uma das áreas dos canais e berços, de acordo com o levantamento dos técnicos do setor, a partir de medições apresentadas pela empresas ao governo este ano.
O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e a APPA, estatal estadual responsável pela administração do porto, serão notificadas pelo órgão para que determinem à DTA que alcance a produtividade mínima, sob pena de poder até perder o contrato.
Fonte: Agência iNFRA, 9/11/2017.