As obras de alinhamento do cais de Outeirinhos poderão ser retomadas a partir de 8 de março. Isto será possível graças a um aporte do Governo Federal de R$ 15 milhões. Além disso, nesta data chega ao fim a temporada de cruzeiros do Porto de Santos. Outros R$ 85 milhões ainda são aguardados para o custeio dos serviços.

A informação é do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, que esteve na Cidade na última quinta-feira para as comemorações do 125º aniversário do Porto de Santos.

O empreendimento, que é o maior investimento portuário do Programa de Aceleração do Crescimento voltado à Copa 2014 (PAC-Copa), prevê o alinhamento do cais onde fica o Terminal de Passageiros Giusfredo Santini. De 630 metros, ele passará a ter 1.283 metros.

O plano é que seja possível a atracação simultânea de seis navios de cruzeiro no local. Hoje, podem atracar apenas três, que encontram pontos com 4,5 a 7,5 metros de profundidade. Os novos berços terão 15 metros de fundura.

Mas, apenas a primeira fase foi concluída e a obra foi paralisada. Além da falta de recursos, a temporada de cruzeiros também impediu a continuidade dos trabalhos.

Porém, agora, segundo Quintella, falta apenas a liberação da área para os serviços. E isso vai acontecer a partir do dia 8 de março, quando todos os navios de passageiros já terão deixado o Porto de Santos.

“Nós vamos priorizar aquelas obras que precisarem durante o ano e remanejar (verbas) para aquelas que realmente caminharem. Se Outeirinhos andar bem, nós vamos priorizar e tocar”<CW-19>, destacou Quintella, que ainda aguarda um aporte de R$ 85 milhões, cujo pedido já foi feito.

A segunda fase da obra engloba o alinhamento de 504 metros de cais, em frente ao Terminal de Passageiros Giusfredo Santini. A retroárea será ampliada de 20 a pouco mais de 30 metros de comprimento. Os trabalhos também envolvem o aprofundamento dos berços de atracação.

O projeto também prevê a instalação de novas redes de utilidades – de água potável, combate a incêndio, drenagem de águas pluviais, energia elétrica e iluminação pública –, assim como a colocação de equipamentos complementares (defensas e cabeços).

Já concluído 

Os trabalhos da primeira fase da obra foram realizados pelo consórcio formado pelas empresas Serveng, Constremac e Constran, selecionadas a partir de uma licitação realizada pela extinta Secretaria de Portos (SEP), responsável pelo empreendimento.

A primeira etapa do alinhamento do Cais de Outeirinhos, que teve um custo de R$ 267,2 milhões, foi concluída no primeiro semestre de 2016, após quatro anos de trabalhos, com a entrega de 779 metros do costado entre o Cais da Marinha e o T-Grão. Os primeiros 512 metros foram apresentados em junho de 2014.

Também foi registrado um atraso na entrega da primeira fase das obras de alinhamento de cais. A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) destacou que ele foi decorrente de interferências geológicas. Durante as obras, o tipo de solo encontrado não era o que havia sido previsto e isso dificultou os serviços.

A interface com estruturas de terminais instalados nas proximidades também retardou o andamento das atividades. O T-Grão, instalação marítima especializada na movimentação de granéis vegetais sólidos, precisou transferir suas operações para um trecho do Cais da Marinha, ao lado, para liberar espaço para os trabalhos.

Fonte: A Tribuna, 6/2/2017.