(21/9/2017) Prodesan vai leiloar terrenos em Santos
Num esforço para gerar receita e reanimar a economia, a Prodesan, empresa de economia mista cujas ações pertencem majoritariamente à Prefeitura de Santos, vai vender dois terrenos - um deles próximo ao porto de Santos (SP). O leilão vai ocorrer no dia 31 de outubro, na B3, em São Paulo. O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), apresenta hoje os ativos a potenciais interessados, também na bolsa paulistana.

Com 29,7 mil metros quadrados e 11,7 mil metros quadrados, as áreas ficam nos bairros da Alemoa e do Jabaquara, respectivamente. Serão leiloadas juntas, mas podem ser compradas separadamente. O valor mínimo é de R$ 130 milhões - vence quem pagar o maior ágio.

A prefeitura acredita que, diante da escassez de terrenos em Santos e dada a localização estratégica dos ativos, o valor mínimo seja superado em ao menos R$ 10 milhões, chegando a R$ 140 milhões. Quem arrematar o lote pagará no ato. O dinheiro vai ajudar no caixa da prefeitura, para quem a Prodesan deve quase R$ 75 milhões.

Hoje ambas as propriedades estão ociosas. A maior delas está localizada na entrada da via Anchieta, no chamado distrito industrial da Alemoa. Fica próxima à malha ferroviária e distante 1 quilômetro do berço de atracação operado pela Petrobras no porto.

A área está fora do chamado porto público, que é administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal da União, mas está na chamada região de influência do complexo portuário, o que a torna estratégica para receber atividades dessa cadeia.

A lei de uso e ocupação de solo de Santos permite a instalação de qualquer tipo de empresa naquela região. A expectativa é que esse ativo desperte o interesse de empresas ligadas ao negócio de logística, como terminais retroportuários, indústrias, estaleiros, centros de distribuição, armazéns, entre outros.

Já fazem parte do distrito da Alemoa empresas como Ultracargo, Vopak e Stolthaven, entre outras, dedicadas à armazenagem e movimentação de granéis líquidos. O município tem legislação específica para o transporte de produtos líquidos - perigosos ou não - fazendo conexão com o berço de atracação até o terreno.

Em julho, último dado divulgado pela Codesp, o porto de Santos registrou novo recorde para a série histórica mensal. Movimentou 12 milhões de toneladas, crescimento de 5,75% sobre o recorde anterior, de maio.

O segundo terreno, no Jabaquara, é uma área mista. O perfil é para instalação de empresas comerciais, de serviços e conjuntos residenciais.

A prefeitura santista prefere não comentar sobre possíveis interessados nos ativos.

Fonte: Valor Econômico, 21/9/2017.

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