
A Associação Brasileira de Terminais de Líquidos (ABTL) vai dobrar a quantidade de simulados que realiza anualmente, a fim de treinar agentes públicos e profissionais da iniciativa privada no combate a emergências ocorridas durante as operações de granéis líquidos na região do Porto de Santos. E os novos exercícios serão realizados de forma diferente, seguindo o modelo tabletop.
Até então, a Associação organizava três simulados anuais – um ocorre em terra (em um terminal), outro, no mar (podendo envolver um vazamento de navio) e o último, nas estradas de acesso ao complexo marítimo. Agora, fará mais três do tipo tabletop (termo que, em inglês, significa topo de mesa).
A novidade foi anunciada pelo presidente da ABTL, Carlos Kopittke. Segundo ele, o objetivo é aprimorar a capacidade de resposta da comunidade portuária aos sinistro envolvendo a movimentação de líquidos. “Vamos realizar essas simulações de modo a melhorar o preparo de empresas e autoridades no combate às emergências. E faremos isso, com os simulados tabletop, usados bastante em outros países, como nos Estados Unidos. São relativamente mais simples, mas de alta eficiência”, explicou.
Esses simulados envolvem gerenciamentos de emergência. Enquanto nos exercícios de campo, equipes dos terminais, dos bombeiros, da Defesa Civil e das demais autoridades e empresas do Porto têm de agir e se deslocar pela região como se realmente houvesse um sinistro, nos tabletop, toda a ação ocorre ao redor de uma mesa, com os participantes interagindo em uma “discussão vivencial formal de um cenário descrito”, segundo informações da ABTL.
De acordo com o assessor da ABTL Américo Barbosa, que irá treinar os participantes no novo modelo, “essa ferramenta propicia criar um mapa mental da melhor performance de respostas nas emergências projetadas. É uma espécie de pré-preparação”, disse. Conforme a associação, os tabletop têm um baixo custo, mas um alto envolvimento.
Fonte: A Tribuna, 3/3/2017.