Durante reunião de trabalho realizada quarta-feira, 11, com o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Diogo Piloni, o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, apresentou as estratégias sob análise da Agência para o incremento do potencial da Hidrovia Paraguai-Paraná. O planejamento discutido pelo dirigente é fruto do estudo produzido pela Agência com a participação da Universidade do Paraná, intitulado de “Prática Regulatória, Vantagens Competitivas e Oferta e Demanda de Carga entre os Países Signatários do Acordo da Hidrovia Paraguai–Paraná”.
Na visão do diretor, a divulgação das informações sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná, dada a riqueza dos dados compilados, é fonte confiável para o governo brasileiro traçar diversos cenários quanto à exploração da hidrovia e, também, “uma fonte de estímulo à iniciativa privada para investir na via, assim como no setor hidroviário como um todo”.
O estudo faz parte de um extenso acervo da Agência elaborado pela Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade (SDS). O propósito maior com o patrocínio de estudos dessa envergadura é apresentar o potencial da hidrovia que, atualmente, é objeto de diversas ações em andamento, promovidas pela ANTAQ em parceria com o Ministério das Relações Exteriores; a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Comitê Intergovernamental da Hidrovia Paraguai-Paraná.
Entusiasta do setor, o secretário-executivo do Minfra, Marcelo Sampaio, disse que “é momento de unir esforços para a criação de um robusto e consistente programa de governo de fomento às hidrovias brasileiras”. Ainda segundo Sampaio, não se pode perder a oportunidade de “unir pessoas e órgãos altamente engajados com o tema e criar um planejamento sistemático, composto por ações claras e viáveis para o melhor aproveitamento das hidrovias”.
Apresentado pelo superintendente da ANTAQ, José Renato Fialho, que também esteve presente na reunião técnica, o estudo apontou que, de 2010 a 2019, o transporte de cargas nas hidrovias do Brasil cresceu 73%. Na Hidrovia Paraguai-Paraná, esse transporte cresceu 82% entre 2010 a 2014, mas caiu 45% entre 2015 e 2019. Com relação aos produtos brasileiros transportados, 90% são minérios.
Vale frisar que o estudo baseou-se em três eixos: o eixo de mercado, que envolveu as trocas comerciais entre os países signatários do acordo; o eixo infraestrutura, que identificou tanto as condições da infraestrutura aquaviária ao longo da hidrovia, mas também as malhas rodoviária e ferroviária de ligação da infraestrutura aquaviária; e o eixo regulatório, que apontou as diferenças regulatórias entre os países signatários. Como resultado, e após simulações logísticas, foram estimados os produtos e seus volumes com potencial para serem atraídos para a hidrovia.
Corroborando com Sampaio, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Diogo Piloni, disse que a secretaria já vem trabalhando em diversas frentes para a criação de um planejamento adequado para a melhor exploração das vias navegáveis. “Ter ciência desse importante estudo, que como o próprio diretor da ANTAQ destacou, servirá de plataforma para o desenvolvimento de tantos outros estudos das hidrovias brasileiras. Sem dúvida o cenário é favorável para montar um grupo de excelência e, como bem disse o secretário-executivo, é hora de tirar do papel e instituir um programa de governo arrojado para o setor”.
O trabalho integral, com seus 7 relatórios, pode ser consultado aqui.
Fonte: Antaq, 11/11/2020.
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