Brasil abre 2022 com recordes de exportações e corrente de comércio
O comércio exterior brasileiro seguiu a trajetória de recordes no início de 2022. As exportações no mês de janeiro cresceram 25,3% e atingiram US$ 19,67 bilhões. Foi o melhor resultado do mês na série histórica iniciada em 1997. As importações chegaram a US$ 19,85 bilhões, em alta de 24,6% ‒ terceiro maior valor para o mês e o maior desde janeiro de 2014 (US$ 20,2 bilhões). Com isso, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) também foi recorde, subindo 25% e chegando a US$ 39,52 bilhões.

Já o saldo comercial teve um pequeno déficit de US$ 176 milhões, mas com recuperação sobre o déficit de janeiro de 2021, de US$ 200 milhões. “Apesar de termos uma exportação bastante aquecida, recorde, temos também uma importação em crescimento, o que vem desde o último semestre do ano passado, por conta da demanda brasileira”, explicou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, ao divulgar os dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (Secex/ME), nesta terça-feira (1º/2).

Força da agropecuária

Apesar do período de entressafra, o grande destaque das exportações foram os bens agropecuários, com 97,5% de crescimento no mês, fortalecidas pelos “embarques mais robustos de soja em grão”. A indústria de Transformação também foi destaque, com crescimento de 36,1% em janeiro, chegando a US$ 12,2 bilhões em vendas.

Por outro lado, os embarques da indústria extrativa diminuíram 18,6%, puxados pelo recuo nas vendas de minério de ferro. “Questões climáticas, como o excesso de chuva, afetam o escoamento do minério de ferro”, explicou Brandão.

Houve aumento das vendas de bens siderúrgicos, que ajudaram a elevar as exportações totais para os Estados Unidos em 51,8% (US$ 2,27 bilhões). O subsecretário acrescentou que a exportação de petróleo brasileiro também foi destaque para esse mercado.

Também foram significativos, segundo a Secex, os aumentos nas vendas para Argentina (+18,3%), que totalizaram US$ 943 milhões, e para União Europeia (+46%), atingindo US$ 2,82 bilhões. Diminuíram, no entanto, os embarques para o grupo de China, Hong Kong e Macau (-3,8%), aos US$ 4,33 bilhões, refletindo a queda na saída de minério de ferro.

Produção de energia

Do lado das importações, houve aumento expressivo nas compras de produto para a Indústria Extrativa – principalmente petróleo bruto, gás natural e carvão – ligado à produção de energia no Brasil. “Observamos esse fenômeno de aumento de importação de commodities energéticas desde o segundo semestre do ano passado”, observou Herlon Brandão. Além disso, os preços dos bens da indústria extrativa importados, que estão aumentando desde os últimos meses do ano passado, subiram 99,1% em janeiro.

Na Indústria de Transformação a Secex registrou aumento de 14,9% nas importações, enquanto na Agropecuária as compras caíram 15,7%. “Principalmente de trigo”, frisou Brandão. Essa redução afetou as compras brasileiras da Argentina, que caíram 4,5%, já que aquele país é o principal fornecedor de trigo para o Brasil.

Entre as origens, os destaques foram os aumentos de compras dos Estados Unidos (+53,8%), que também é um grande fornecedor de commodities energéticas. Já da China, as compras aumentaram 39,9%.

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