Chuvas atrasam colheita de soja brasileira e congestionam portos
Outra onda de instabilidade climática tem atrasado a colheita de soja no Brasil, maior produtor e exportador mundial, e afetado os embarques nos portos.

As fortes chuvas têm prejudicado a colheita nos campos, e os navios começam a encalhar nos portos de Santos e Paranaguá. A sólida demanda pela oleaginosa responde às compras da China, maior importadora, diminuindo a preocupação de que o coronavírus prejudicará o comércio.

Um a fila “gigante” de navios está sendo formada nos portos, embora atrasos nos embarques possam ser temporários, disse Pedro Dejneka, sócio da MD Commodities, de Chicago, em mensagem de voz. A safra brasileira de soja foi recorde, e agricultores estão oferecendo preços mais atraentes do que rivais, como os EUA.



Nas últimas duas semanas, o volume de soja programado para embarcar nos principais portos dobrou para 7 milhões de toneladas, segundo dados da agência Williams.




A China encomendou cerca de 10 carregamentos da América do Sul, segundo pessoas com conhecimento do assunto. Agricultores dos EUA aguardam sinais de aumento da demanda depois do acordo comercial fechado entre Washington e Pequim.

As fortes chuvas que atingem os principais portos devem continuar durante o fim de semana, atrapalhando os embarques, disse Celso Oliveira, meteorologista da Somar Meteorologia, em entrevista por telefone. As condições podem melhorar entre 9 e 10 de fevereiro, embora a previsão seja de mais chuvas para os três dias depois de 11 de fevereiro.

“Assim que o clima ficar mais seco, os embarques vão acelerar, com o Brasil exportando grandes volumes” na primeira metade do ano, disse Dejneka, da MD Commodities.

Em janeiro, condições climáticas extremas causaram inundações em cidades e seca em algumas áreas produtoras de soja e cana-de-açúcar.

Em 30 de janeiro, o governo de Minas Gerais informou que 55 pessoas morreram em dois dias de inundações e deslizamentos de terra, deixando 30 mil desabrigados. O volume de chuvas em Belo Horizonte foi o mais alto para o mês de janeiro em 110 anos, segundo a Somar. Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro também registraram inundações.

Por outro lado, a seca provavelmente causou perdas em algumas regiões de cultivo de cana-de-açúcar, soja e pecuária.

Fonte: Bloomberg News, 06/02/2020.

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