CNI defende recriação do Ministério da Indústria
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera que a recriação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que está em estudo pelo Gabinete de Transição, é fundamental para a reversão do processo de desindustrialização ocorrido no Brasil nas últimas décadas. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, defende que, uma vez recriado, o Ministério precisa ser forte o suficiente para viabilizar a construção de política industrial moderna, alinhada com as melhores práticas internacionais. Essas e várias outras medidas integram o Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, que foi entregue ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

“O fortalecimento da indústria nacional é fundamental para que o Brasil consiga alcançar um desenvolvimento econômico e social sustentável. Para isso, é preciso que o novo governo priorize a elaboração e a execução de uma política industrial de longo prazo”, afirma Robson Andrade.

“A partir de 2024, o Brasil precisa crescer, no mínimo, 4% ao ano para gerar emprego, renda e qualidade de vida para os brasileiros. E para isso, a indústria também precisa crescer 4%”, acrescenta. Robson Andrade avalia que, com uma política industrial bem-sucedida, o setor aumentará a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) de 22% para 25% entre três e quatro anos. “A indústria sempre foi, e continuará sendo, extremamente importante para o desenvolvimento econômico e social, não apenas do Brasil, mas de todas as nações, uma vez que é o setor que cria os melhores empregos, induz mais a inovação e viabiliza o aumento da produtividade dos demais setores da economia”, explica.

Gestão, governança e interlocução
Para o presidente da CNI, uma política industrial moderna necessita de uma estrutura de governança robusta, que assegure a articulação institucional entre os vários órgãos públicos envolvidos em seu planejamento e na execução. Nesse sentido, a recriação do MDIC é estratégica, com reintegração do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX).

“O Ministério precisar ter uma estrutura boa e adequada, ligada ao presidente, com os recursos necessários para uma política industrial de longo prazo. A recuperação da economia nacional passa, portanto, por melhores condições para a indústria retomar seu fôlego, voltar a produzir em plena capacidade, competir de maneira mais eficiente e voltar a crescer”, explica o empresário.

Robson Andrade lembra que Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, China, Alemanha e demais países da União Europeia preveem investimentos de US$ 5 trilhões, nos próximos anos, em políticas de apoio às suas respectivas indústrias.

“O Brasil, definitivamente, não pode permanecer alheio a esse movimento e nem ficar para trás na corrida tecnológica com outras potências”, afirma. “Em um contexto de acirramento da competição internacional e das rápidas mudanças tecnológicas que caracterizam a 4ª Revolução Industrial, o papel das legítimas iniciativas para estimular a indústria está sendo levado a sério pelas principais economias do mundo”, conclui o presidente da CNI.

Read Also Other News

Agência Porto
| 10 nov, 2025

Ministério de Portos e Aeroportos anuncia novas ações pela descarbonização do transporte marítimo na COP30

Read more
Agência Porto
| 07 nov, 2025

Porto Central e M.A.R.S., Europe A/S anunciam expansão estratégica de iniciativas de desmantelamento e reciclagem de estruturas offshore

Read more
Agência Porto
| 07 nov, 2025

Índice de Desempenho Ambiental será revisado para atender mais parâmetros de ESG

Read more

How can we help?

Tell us how we can help with one of our services and solutions.

Request a quote

This website uses cookies to personalize content and analyze website traffic. Meet our Privacy Policy.