Rondônia tem potencial para atrair novos negócios no setor de logística, oferecendo estrutura eficiente e vantagem competitiva. Este foi o mote da palestra que reuniu o secretário adjunto de Estado de Desenvolvimento Econômico, Avenilson Gomes da Trindade, e o administrador da SOPH (Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia), Marco Figueira, na Conferência Nacional de Logística (CNL), evento que integra a 26ª edição da Intermodal South America.
“Nosso PIB atual é de R$ 60 bilhões, com um crescimento médio por ano de 6%, e temos o segundo melhor indicador de geração de empregos do país, só sendo superado por Santa Catarina. Temos perspectivas de crescimento e estamos atraindo novos negócios. Hoje há quatro operadores no nosso porto público, mas temos capacidade de receber mais operações”, salientou Trindade, reforçando a localização estratégica do estado, que permite o escoamento de cargas tanto pelo Oceano Atlântico como pelo Pacífico.
Essa vantagem competitiva também foi destacada por Marco Figueira. “O Brasil se consolidou como uma das grandes potências mundiais do agronegócio e a rota interoceânica multimodal tem alto potencial logístico por meio da hidrovia do Madeira. Nosso porto, que é alfandegado, tem um transit time de 17 dias para o Canal do Panamá e de 28 dias para complexos portuários da Ásia, prazos competitivos que reduzem custos para os operadores logísticos”, explicou.
Para o futuro, Avenilson Gomes de Andrade projeta a expansão de operações com contêineres no porto e o avanço das tratativas com o governo boliviano para viabilizar uma rota hidroviária que facilite o acesso aos portos do Peru e Chile, no Oceano Pacífico.