Comércio exterior se recupera e Maersk projeta crescimento


Importações e exportações se recuperaram mais rápido do que o previsto nos portos brasileiros e a Maersk Line, armadora líder mundial no transporte de contêineres, já prevê um aumento de volumes para o Natal. Com o otimismo de varejistas, além da recuperação de estoques, há a previsão do reaquecimento das vendas pelas fábricas de eletroeletrônicos, que já pensam na preparação para a Copa do Mundo do ano que vem.




As informações integram o relatório de comércio da armadora referente às atividades dos portos brasileiros no último trimestre, englobando também o primeiro semestre deste ano. Os dados são fornecidos pela consultoria Datamar para a Maersk Line (parte do grupo logístico e de energia A.P. Moller-Maersk) e envolvem toda a operação marítima de contêi-neres no Brasil.




Segundo o balanço, as importações tiveram uma retomada um pouco mais rápida do que era esperado no segundo trimestre. No período, o crescimento foi de 16,6%, em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, segundo o diretor de Trade Marketing da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul, João Momesso, o volume ainda está distante do verificado em 2015.




“As importações estão se consolidando, mas em um volume aquém de 2015, mas melhor que o de 2016 e cerca de 14% abaixo de 2014”, afirmou o executivo, explicando que as quantidades não devem voltar ao patamar de três anos atrás por conta de um novo cenário econômico, com a redução do consumo no País.

Momesso destacou ainda o aumento do volume de importação no Porto de Manaus (AM), local onde são produzidos produtos eletroeletrônicos vendidos para todo o País. Nesta região, o crescimento verificado é de 40% ano a ano.

Segundo o executivo, esta retomada pode ser um sinal importante de aumento da produção, principalmente diante dos baixos estoques verificados no pico da crise, no ano passado. “É o início de um fluxo. Faltam ainda 10 meses para a Copa do Mundo, mas há conversas de volumes já fechados para isso”.




Exportações




Já as exportações foram mais modestas no segundo trimestre, caindo 2,2% após um desempenho mais fraco na Ásia e Europa em carga seca. No primeiro trimestre, as exportações aumentaram apenas 0,1%. Assim, importações mais exportações terminaram o segundo trimestre com crescimento de 5,4% versus 5,9% no primeiro.




A carga refrigerada está liderando o declínio das exportações. Foi 5,3% menor no segundo trimestre contra as exportações não-refrigeradas, que caíram 1,5% durante o mesmo período.




“O resultado refrigerado mais fraco implicaria a uma primeira vista uma queda na demanda por exportações brasileiras de carne bovina e aves durante o trimestre, mas a carga de carnes refrigeradas provou ser uma história de crescimento durante o resto do segundo trimestre”, destacou o diretor Comercial da Maersk Line para a Costa Oeste da América do Sul, Nestor Amador.




Segundo o executivo, no início do ano, a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e a falta de contêineres refrigerados impactaram as exportações de proteínas no Brasil e em alguns países da América Latina. Mas as perspectivas são melhores para o fim do ano.




Muito disso se deve à safra de frutas na região Nordeste. A colheita de melão, por exemplo, começou na semana passada e segue até janeiro. O algodão também é outra carga bastante exportada em contêineres, segundo Amador. Neste caso, o pico da safra está previsto para o final do ano.

Fonte: A Tribuna, 6/9/2017.

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