Como destravar os gargalos da infraestrutura brasileira?

Reunindo o setor público e privado o 4º Fórum de Infraestrutura e Logística trouxe a frente o tema “Como destravar os gargalos da infraestrutura brasileira?”, e a resposta foi simples e direta: privatizações e concessões. Ambas dominaram os debates do evento, que também discutiu a logística e competitividade e os financiamentos de projetos de infraestrutura. Roberto Giannetti, vice-chairman do LIDE, apontou a atual situação no país como crítica e destacou a necessidade de ações estratégicas e táticas. Para ele o “o Brasil, com mais de 12 milhões de desempregados, entrou na chamada espiral recessiva”, que se retroalimenta com menos consumo, menos emprego e menos salário. E defendeu que “uma das formas de resgatar esse crescimento é justamente por meio de investimentos em infraestrutura”.


O secretário de Articulação de Investimentos de PPI (Parceria do Governo Federal), Marcelo Allain, destacou que o objetivo da gestão Temer, com o novo pacote de estímulo à infraestrutura, é atrair a iniciativa privada para projetos que se sustentem por seu fluxo de caixa, sem dependência de subsídio governamental. “A equipe montada para tratar deste tema é uma verdadeira força-tarefa composta por 20 pessoas, atuando ativamente para agilizar processos, superar entraves e corrigir falhas nas concessões existentes, que dificultam o avanço da infraestrutura. Identificar e aparar as arestas é uma das nossas tarefas principais, além, é claro, de manter a transparência de todo o processo”, afirmou.


Para Allain, é fundamental a definição dos papeis de cada player dentro do processo, visto que, no modelo anterior, havia uma confusão de atribuições entre agências reguladoras, ministérios e governos. “Diante da instabilidade econômica e questões ligadas à Operação Lava Jato, vários parceiros de consórcios foram contaminados, o que causou uma queda de demanda e dificuldades para que o BNDES liberasse novos financiamentos. Por isso, estamos propondo uma Medida Provisória com o objetivo de acelerar decisões necessárias para otimizar a situação das concessionárias que estão com pendências”, enfatizou o secretário. De acordo com Allain, foi traçado uma diretriz para trabalhar apenas projetos com grau de maturidade avançado e viabilidade ambiental já definida. Além disso, ele também salientou a ampliação do prazo para a participação dos leilões, para permitir que mais e novas empresas participem das concorrências.


Para explicar a logística como fator de competitividade, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, destacou a participação do agronegócio no Estado, grande exportador de commodities. “Hoje, produzimos 88% do diamante; 65% do girassol; 39% do milho; 30% da soja e temos o maior rebanho, encostando em 30 milhões de cabeças”, disse o governador. Segundo ele, “Mato Grosso apresenta atualmente o desenvolvimento de nova rota de exportação pelos portos do Arco Norte e têm duas safras no ano. Porém, com baixa intensidade de rodovias, baixa qualidade da malha rodoviária e baixa densidade de rodovias pavimentadas (11,8 km/1000 km²), há muitos eixos rodoviários que precisam ser melhorados e desenvolvidos”, afirmou. No Especial Agrobusiness você pode saber mais informações sobre esse setor.


Fonte: Guia Marítimo, 28/9/2016.


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