A diretoria-executiva da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) terá sua primeira baixa nas próximas semanas. Nesta sexta-feira (8), o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da empresa, o advogado Danilo Veras, se reuniu com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, em Brasília, para informar que se prepara para deixar o cargo.
Ainda não está definido quando sua saída será oficializada. Segundo Veras, ele deve continuar na Docas até o final deste ano, cuidando de sua transição.
Conforme A Tribuna apurou, a fim de garantir a continuidade dos projetos, o cargo pode ser ocupado por um dos principais executivos da Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, o superintendente de Planejamento Portuário, Bruno Stupello.
Em entrevista exclusiva a A Tribuna na tarde desta sexta-feira, Veras informou que, ao assumir o cargo no início do ano, junto com os demais integrantes da diretoria da Docas, havia combinado com o secretário nacional de Portos que permaneceria na função “por um período determinado”. “Vim para realizar os projetos necessários para a Codesp e o Porto de Santos, a fim de preparar a empresa para sua futura privatização. Não sou dono da cadeira”, afirmou.
“Em menos de um ano, realizei os projetos previstos, que envolviam principalmente modelagem (de contratos e projetos de infraestrutura). Sou um profissional de modelagem de projetos. Agora, nessa próxima fase, a Codesp precisa de um executivo com outro perfil, mais comercial. Há boas opções tanto na empresa como no mercado”, explicou Danilo Veras.
Conhecido por atuar de forma mais discreta e longe dos holofotes, o diretor assegura que sua saída foi uma decisão própria. “Sempre falava para o Piloni que estava concluindo meus projetos e, quando todos estivessem prontos, sairia. Há um mês, conversei sobre isso com o Tércio (Casemiro Tércio Carvalho, diretor-presidente da Codesp). Ontem (quinta-feira), voltei a falar com ele e, hoje, conversei com o Piloni”.
Na Codesp, Veras trabalhou principalmente na renegociação de termos de arrendamentos de terminais, na modelagem da licitação de áreas portuárias e no contrato da exploração dos serviços de transporte ferroviário no Porto, firmado com a Portofer (Grupo Cosan).
Apenas nesse último caso, o projeto concluído pelo diretor garantirá um investimento por parte da empresa ferroviária de mais de R$ 1 bilhão no cais santista.
Sobre seus planos profissionais, Danilo Veras nega ter recebido convites de empresas. Mas afirma que “o coração pertence mesmo à iniciativa privada”. Apesar disso, não descarta novas missões para a Secretaria Nacional de Porto e o Ministério da Infraestrutura. “Trabalhar com o Diogo Piloni e com o ministro Tarcísio foi uma experiência enriquecedora”, destacou.
Fontes ligadas ao Ministério da Infraestrutura asseguram que Veras pode ser convidado para atuar em outras companhias docas.
A Tribuna questionou a Codesp e o Ministério sobre a decisão do diretor de deixar a Docas. A resposta confirmando a determinação de Veras foi enviada por volta das 20h30.
Fonte: A Tribuna, 09/11/2019.[:en]A diretoria-executiva da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) terá sua primeira baixa nas próximas semanas. Nesta sexta-feira (8), o diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da empresa, o advogado Danilo Veras, se reuniu com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, em Brasília, para informar que se prepara para deixar o cargo.
Ainda não está definido quando sua saída será oficializada. Segundo Veras, ele deve continuar na Docas até o final deste ano, cuidando de sua transição.
Conforme A Tribuna apurou, a fim de garantir a continuidade dos projetos, o cargo pode ser ocupado por um dos principais executivos da Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, o superintendente de Planejamento Portuário, Bruno Stupello.
Em entrevista exclusiva a A Tribuna na tarde desta sexta-feira, Veras informou que, ao assumir o cargo no início do ano, junto com os demais integrantes da diretoria da Docas, havia combinado com o secretário nacional de Portos que permaneceria na função “por um período determinado”. “Vim para realizar os projetos necessários para a Codesp e o Porto de Santos, a fim de preparar a empresa para sua futura privatização. Não sou dono da cadeira”, afirmou.
“Em menos de um ano, realizei os projetos previstos, que envolviam principalmente modelagem (de contratos e projetos de infraestrutura). Sou um profissional de modelagem de projetos. Agora, nessa próxima fase, a Codesp precisa de um executivo com outro perfil, mais comercial. Há boas opções tanto na empresa como no mercado”, explicou Danilo Veras.
Conhecido por atuar de forma mais discreta e longe dos holofotes, o diretor assegura que sua saída foi uma decisão própria. “Sempre falava para o Piloni que estava concluindo meus projetos e, quando todos estivessem prontos, sairia. Há um mês, conversei sobre isso com o Tércio (Casemiro Tércio Carvalho, diretor-presidente da Codesp). Ontem (quinta-feira), voltei a falar com ele e, hoje, conversei com o Piloni”.
Na Codesp, Veras trabalhou principalmente na renegociação de termos de arrendamentos de terminais, na modelagem da licitação de áreas portuárias e no contrato da exploração dos serviços de transporte ferroviário no Porto, firmado com a Portofer (Grupo Cosan). Apenas nesse último caso, o projeto concluído pelo diretor garantirá um investimento por parte da empresa ferroviária de mais de R$ 1 bilhão no cais santista.
Sobre seus planos profissionais, Danilo Veras nega ter recebido convites de empresas. Mas afirma que “o coração pertence mesmo à iniciativa privada”. Apesar disso, não descarta novas missões para a Secretaria Nacional de Porto e o Ministério da Infraestrutura. “Trabalhar com o Diogo Piloni e com o ministro Tarcísio foi uma experiência enriquecedora”, destacou.
Fontes ligadas ao Ministério da Infraestrutura asseguram que Veras pode ser convidado para atuar em outras companhias docas.
A Tribuna questionou a Codesp e o Ministério sobre a decisão do diretor de deixar a Docas. A resposta confirmando a determinação de Veras foi enviada por volta das 20h30.
Fonte: A Tribuna, 09/11/2019.