Demanda de infraestrutura seguirá fraca em 2017, diz ABDIB
São Paulo - A retomada da atividade produtiva no Brasil em 2017 pode ser puxada mais pelo aumento dos bens de consumo e menos pela demanda de projetos de infraestrutura. O diagnóstico feito por industriais sinaliza que a melhora efetiva do setor ainda é incerta.

"Acredito que teremos crescimento no ano que vem, mas isso será muito mais pela retomada da indústria do que por uma melhora consistente dos investimentos em infraestrutura, [setor] que deveria puxar isso", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Venilton Tadini. Ele participou ontem de um evento na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) para discutir as perspectivas da indústria em 2017.

Tadini observou que os estoques na indústria, de maneira geral, atingiram patamares muito baixos e um movimento de renovação de investimentos, mesmo que limitado, é esperado para o próximo ano.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo, também vê uma aceleração na atividade nos setores de alimentos, cosméticos e produtos químicos para o agronegócio. "Historicamente o setor químico cresce 25% acima do PIB, então estou tranquilo para dizer que em 2017 vamos crescer. Eu estava contando com a indústria automobilística, mas parece que os últimos números não foram tão bons. Só que ainda temos a melhora nos outros setores", contou ele.

O dirigente fez referências ao desempenho das vendas de carros em setembro, cujo resultado oficial será divulgado nesta quarta-feira (5).

Entrave

A melhora consistente da atividade produtiva, entretanto, ainda depende de mudanças estruturais, afirmaram os representantes da ABDIB e da Abiquim. Para eles, o governo precisa estabelecer uma política industrial definitiva e planos de infraestrutura de longo prazo, além de garantir segurança regulatória para garantir a atração de investimentos.

"Temos que mudar também a estrutura das apólices das seguradoras para esses empreendimentos [de infraestrutura] que hoje tem uma cobertura pequena", acrescentou Tadini.

Fonte: DCI, 05/10/2016.

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