Docas publicará regras da Hidrovia do Porto na próxima semana
As regras para a exploração da Hidrovia do Porto de Santos serão divulgadas na próxima semana, quando os interessados poderão se cadastrar como operadores de transporte hidroviário. A expectativa é do superintendente de Planejamento Portuário da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Luiz Carlos de Lima.

O executivo participou, na noite da última terça-feira, da 8ª edição do Fórum Conheça o Porto, que aconteceu na Universidade Santa Cecília (Unisanta), no Boqueirão, em Santos. O evento é uma iniciativa de A Tribuna e do Grupo Marimex, com o apoio da Praticagem de São Paulo. O gerente de Obras da Autoridade Portuária, Matheus Trocolli Novaes, também esteve no debate, destacando os investimentos em infraestrutura terrestre no cais santista.

O projeto da Hidrovia do Porto prevê utilizar rios e canais de navegação da região para o transporte de cargas entre pontos do cais e entre o complexo e a área retroportuária. Uma das opções é ter uma linha de barcaças ligando o terminal da Usiminas, no Canal de Piaçaguera, em Cubatão, e a Libra Terminais, na Ponta da Praia, em Santos.

De acordo com Lima, interessados em atuar no transporte hidroviário já entraram em contato com a Docas e aguardam “ansiosos” a divulgação do regramento. Foram empresas que atuam em estados como São Paulo, Amazonas, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Lima ainda apontou que, entre as vantagens do transporte hidroviário, estão o desenvolvimento e a atração de novas atividades para a região. O executivo se refere às empresas da área de logística interessadas em explorar o transporte de cargas através das barcaças no cais santista. Estima-se que esta rota hidroviária possa movimentar 350 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano.

“Acreditamos que várias cidades da Baixada Santista estão muito atrasadas na criação de zonas industriais e em fazer essa interligação ou aproveitar esses modais”, destacou Lima.

O superintendente da Codesp também destacou a redução nos custos operacionais com o uso do transporte hidroviário de cargas. “Na hora que põe na ponta do lápis, o ganho é de dinheiro. Entre margens, o transporte sai 30% mais barato. Sem falar o impacto ambiental”.

O engenheiro Áureo Pasqualeto Figueiredo, professor da Unisanta, lembrou do período em que a banana colhida em Itanhaém era transportada pelo modal hidroviário até o Porto, onde era embarcada para exportação. “A hidrovia é campeã na relação de transportes e deve ser efetivamente utilizada não só para o transporte de cargas, mas também para o de passageiros”, destacou.

Obras terrestres

Também durante o fórum, o gerente de Obras da Codesp, Matheus Novaes, informou que começaram a ser perfuradas as estacas do primeiro viaduto da Avenida Perimetral da Margem Direita do Porto, no trecho entre o Macuco e a Ponta da Praia. O equipamento fará o acesso entre a Libra Terminais e a Av. Mário Covas.

Por isso, o viaduto está sendo construído no terreno da instalação portuária. Esta obra deve ser concluída no ano que vem mas outros serviços importantes, com foco na infraestrutura terrestre, estão em projeto na Autoridade Portuária.

O principal deles é o do novo acesso ao Porto, cujo projeto-executivo deve ser licitado em breve pela Docas. “Ele está em fase conceitual. Estamos discutindo internamente na Codesp. Os técnicos estão colocando muito esforço nesse projeto para ver se conseguem concluir dentro desse mês”, explicou o gerente.

De acordo com o engenheiro Áureo Figueiredo, que leciona no curso de Engenharia da Unisanta, os alunos da universidade têm, em sua grade, matérias que tratam exclusivamente do cais santista. A questão se torna ainda mais importante quando um projeto como o Fórum Conheça o Porto</FI> traz executivos da Autoridade Portuária para dividir experiências com os universitários, explicou.

“O nosso curso de Engenharia tem essa preocupação: trazer informações para os alunos para que estejam atentos a essas situações. O porto é a mola propulsora da região. Há as formas de transporte das cargas, com toda a complexidade que envolve. Isso movimenta o progresso da região, mas tem um certo conflito que precisa ser resolvido da melhor forma possível”.

Fonte: A Tribuna, 8/3/2018.

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