Entrada do Brasil na OCDE pode aumentar em 0,4% o PIB per capita
Estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta crescimento de 0,4% do PIB per capita, por ano, com a eventual entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A publicação "O que o Brasil pode esperar da adesão à OCDE", de autoria dos pesquisadores Otaviano Canuto e Tiago Ribeiro, compõe a edição especial da Revista Tempo do Mundo. A publicação, editada pelo Ipea, apresenta uma série de 13 artigos sobre a candidatura do Brasil como membro da OCDE.

De acordo com dados analisados e fornecidos pelo Banco Mundial, os autores Otaviano Canuto e Tiago Ribeira apontam que caso a candidatura do Brasil seja aceita e confirmada, os estímulos em fluxo de capital devem impulsionar a atividade de comércio exterior. O crescimento econômico previsto é de aproximadamente US﹩ 7 bilhões anuais em geração de bens e serviços.

Entre os principais benefícios econômicos listados, os pesquisadores avaliam que a eventual entrada do Brasil na OCDE pode alavancar o processo de abertura para a economia global. O estudo destaca a possibilidade de contribuir para o aumento do superávit e ampliar a captação de novos investimentos externos no país. Além disso, o processo pode impulsionar a participação de cadeias produtivas globais, bem como a realização de novos acordos de cooperação com organismos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A edição especial da Revista Tempo do Mundo traz indicadores que analisam os impactos econômicos gerados em países membros da OCDE. Os dados verificados pela economista Catalina Crane Arango, no estudo O Caminho da Colômbia para a OCDE, apresentam um diagnóstico sobre os resultados observados após o ingresso do país na entidade.

As análises confirmam a previsão de benefícios econômicos estimados, como a redução de 36,9% das barreiras tarifárias, resultando em acréscimo de 1,8% no comércio interno no período entre 2015 e 2019. A mesma tendência de alta e de ganhos para a balança comercial foi observada nos casos da Hungria, Polônia e República Eslava, após estes países terem ingressado na OCDE.

Na avaliação de Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea e editor da Revista Tempo do Mundo, os estudos publicados contribuem para fortalecer o diálogo entre acadêmicos e executores de políticas públicas sobre a possível entrada do Brasil na OCDE. "Os dados, em conjunto com a pluralidade de abordagens presentes na publicação, ajudam a avaliar os potenciais benefícios, custos e desafios para o país, caso a entrada na OCDE venha de fato a ocorrer", observou.

Atualmente, além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia também pleiteiam a acessão à OCDE. A entidade conta atualmente com 36 membros, e o aumento no número de candidaturas fez a OCDE buscar a definição de novos critérios para a aceitação de candidaturas. O Brasil apresentou formalmente sua candidatura em 2017 com o objetivo de implementar avanços na agenda de política econômica externa.

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