A estimativa dos custos de implantação do tramo norte do Ferroanel de São Paulo deve ser conhecida até o final do ano. Este é o tempo necessário para a finalização do projeto de engenharia que está sob responsabilidade da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa), pelo Estado, e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), pela União.
O Ferroanel é visto como uma forma de intensificar o transporte de cargas através dos trens em direção ao Porto de Santos. Segundo os estudos iniciais, com o aumento da capacidade por meio da nova ligação ferroviária entre Campinas, Sorocaba, Vale do Paraíba e Baixada Santista, ocorrerá uma migração natural de cargas entre modais.
A projeção é que, nos próximos 20 anos, passem 40 milhões de toneladas pelo Tramo Norte, o equivalente a 4.200 caminhões por dia nas estradas. Trata-se de um ramal ferroviário de 52,75 quilômetros, a ser construído em via dupla, destinado ao transporte de cargas. Ele ligará as estações Engenheiro Manoel Feio (Itaquaquecetuba) e Perus (São Paulo), encerrando a necessidade de as composições com cargas utilizarem as linhas que atravessam a Capital e são aproveitadas pelos trens de passageiros.
Encerrada a fase inicial de estudos para implantação do Tramo Norte, caberá à União destinar recursos para construí-lo e, também, definir sua forma de exploração.
O acordo entre os governos Estadual e Federal prevê, além do projeto de engenharia, a realização do estudo de impacto ambiental. De acordo com a Dersa, a estimativa é que a Licença Prévia Ambiental do Tramo Norte esteja pronta até setembro.
Já está decidido que caberá à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), órgão da Secretaria do Meio Ambiental do Estado, analisar os estudos de impacto ambiental (EIA/Rima). A estatal também ficará responsável por apresentar a definição das características técnicas funcionais da nova ferrovia.
Fonte: A Tribuna, 13/2/2017.