Investimentos em portos somam R$ 5 bilhões neste ano
O governo vai leiloar três terminais portuários nos portos de Santos (São Paulo) e Paranaguá (Paraná), que demandarão investimentos previstos em R$ 433 milhões, no dia 9 de agosto. Eles se somam a outras dez áreas já leiloadas no início deste ano.

Além de oferecer novas áreas para arrendamento nos portos administrados, o governo permitiu prorrogações contratuais em troca de melhorias e autorizou o funcionamento de novos Terminais de Uso Privado (TUPs). No total, os investimentos contratados neste ano se aproximam de R$ 5 bilhões,, informou ao Valor o secretário nacional de Portos, Diogo Piloni.

Ao mesmo tempo, foi aberta uma nova possibilidade de parceria com empresas no setor portuário. O governo quer agora entregar a elas a administração dos portos. "O modelo de gestão estatal enfrenta muitas dificuldades para competir", afirmou o secretário. "Há dificuldades para contratação, tem burocracia". As desestatizações buscam trazer a governança privada para a gestão da autoridade portuária.

Nos próximos dias, deve ser assinado um contrato para realização de estudos com vistas à desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). Além dos portos capixabas, estão na fila: São Sebastião (SP), Suape (PE) e Itajaí (SC). Os estudos para esses outros empreendimentos serão contratados neste ano.

A desestatização deverá alcançar os movimentados portos paulistas. Estão em curso as primeiras conversas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para contratar estudos sobre a abertura de capital da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), que administra Santos.

"Fizemos essa opção por causa do porte da empresa", afirmou Piloni. "Um processo de privatização comum tende a encontrar impedâncias maiores". O processo deverá ser concluído no médio prazo, informou.

O porto é objeto também de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para concessão de sua dragagem.

Os estudos para desestatizar a Codesa serão piloto para os demais. Uma pergunta a ser respondida é se todas as atribuições hoje desempenhadas pelas Docas podem ser assumidas por privados.

Outra resposta que se espera é se a administração privada será sustentável pelas receitas geradas pelo porto. Piloni acredita que sim, mas não descarta a possibilidade de, em casos específicos, o poder público entrar com uma complementação financeira, no modelo Parceria Público-Privada (PPP). "Há chance remota de isso acontecer."

O exemplo da Austrália anima o governo. Segundo Piloni, a privatização do porto de Melbourne rendeu aproximadamente US$ 8 bilhões. "É sinal que é uma atividade economicamente viável e que atrai o privado."

Atualmente, 18 portos brasileiros são administrados por companhias Docas federais. Outros 19 estão delegados a Estados e
municípios.

As desestatizações da Codesa e do porto de São Sebastião já estão oficialmente na carteira do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI). Suape e Itajaí deverão ser qualificados na próxima reunião do conselho.

Fonte: Valor, 08/07/2019.

Read Also Other News

Agência Porto
| 25 mar, 2025

Embaixada do Reino dos Países Baixos apresenta workshop sobre iniciativas sustentáveis para o setor portuário

Read more
Agência Porto
| 25 mar, 2025

"Brasil tem capacidade logística para ampliar exportações", afirma Renan Filho, no Japão

Read more
Agência Porto
| 25 mar, 2025

CODEBA e Secretaria Nacional de Portos alinham estratégias para impulsionar boas práticas no setor portuário

Read more

How can we help?

Tell us how we can help with one of our services and solutions.

Request a quote

This website uses cookies to personalize content and analyze website traffic. Meet our Privacy Policy.