Leilão de terminais portuários injetará mais de R$ 400 milhões em investimentos
Ministério da Infraestrutura (MInfra) arrecadou o total de R$ 87,5 milhões em outorgas com o leilão dos quatro terminais portuários localizados em Alagoas, Bahia e Paraná, que irão atrair mais de R$ 400 milhões em investimentos. Os vencedores do leilão foram Timac Agro Indústria (MAC10), CS Brasil Transportes (ATU12 e ATU18) e Ascensus Gestão e Participações (PAR12).

Os terminais ATU12 e ATU18, que ficam no Porto de Aratu-Candeias (BA), foram arrematados pela CS Brasil Transportes por 62,5 milhões em outorgas totais (ATU12 – R$ 10 milhões / ATU18 – R$ 52,5 milhões). Ambos movimentam e armazenam granéis sólidos – principalmente fertilizantes – concentrado de cobre, vegetais e minérios diversos. O porto organizado onde os terminais estão inseridos funciona como rota de escoamento da produção e importação do Polo Industrial de Camaçari, que é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, abrigando mais de noventa indústrias químicas e petroquímicas, além de outros setores como automotivo, de celulose, metalurgia do cobre etc. Estão estimados R$ 365 milhões de investimentos nos terminais.

O terminal MAC10, localizado no Porto Organizado de Maceió (AL), foi arrematado por R$ 50 mil em outorgas pela empresa Timac Agro Indústria. Com área total de 7.932 m², ele é destinado à movimentação e armazenagem de granéis líquidos, especialmente ácido sulfúrico. A demanda por produtos químicos no Porto Organizado é altamente influenciada pela presença do Polo Cloroquímico de Alagoas. Ele conta, atualmente, com 23 empresas, que atuam nos segmentos de fabricação de PVC, soda cáustica, tubos e conexões, plásticos em geral, bem como na produção de insumos para a indústria química. Os investimentos previstos serão de R$ 12,7 milhões.

Concluindo a rodada, o terminal PAR12, localizado no Complexo Portuário de Paranaguá (PR), foi arrematado por R$ 25 milhões em outorgas pela Ascensus Gestão e Participação. Ele foi arrendado para movimentação e armazenagem de carga Ro-Ro, que é o tipo de carregamento que se desloca sobre suas próprias rodas, ou em cima de equipamentos específicos, como a produção automobilística. O Brasil desempenha importante papel no setor de cargas Ro-Ro, com diversas matrizes internacionais da indústria do automóvel investindo recentemente em plantas

produtivas no país. Para este terminal, estão previstos investimentos de R$ 22,2 milhões.

RENOVAÇÃO ANTECIPADA – Antes dos leilões, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assinou os termos aditivos de prorrogação dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e da Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas administradas pela Vale S/A. Com a renovação, são aguardados investimentos de mais de R$ 17 bilhões nos próximos 30 anos, além de R$ 4,6 bilhões em outorgas. Como resultado das negociações entre governo e Vale, parte do valor da outorga da EFVM vai viabilizar a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), entre Mara Rosa/GO e Água Boa/MT.

“Fechamos o ano em grande estilo. A assinatura das renovações de concessões das ferrovias da Vale e o arrendamento dos terminais portuários representam a confiança os investidores no nosso país. Serão esses investimentos que vão transformar nossa infraestrutura e movimentar nossa economia”, declarou Tarcísio.

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