O que a indústria espera do novo governo
Eleito para governar o Brasil nos próximos quatro anos, Luís Inácio Lula da Silva tem o desafio de atuar em consonância com o Congresso Nacional para atender aos anseios da população e criar as condições necessárias para a retomada do crescimento, com vistas ao desenvolvimento econômico e social do país.

O entendimento e a união de todos em favor de um crescimento robusto e sustentável da economia são fundamentais, sobretudo neste momento em que os persistentes impactos da pandemia da covid-19 e da guerra na Ucrânia, como a inflação e os juros altos, podem provocar uma nova recessão global.

Esse cenário de incertezas confirma que devemos concentrar esforços na adoção de medidas adequadas para aumentar a resiliência do país às crises externas, melhorar o ambiente de negócios, promover investimentos e gerar empregos.

As propostas apresentadas pela indústria aos presidenciáveis durante o 1º turno da campanha eleitoral, que também integram o Plano de Retomada da Indústria, entregue aos dois candidatos que disputaram o 2º turno, podem orientar o trabalho dos governantes e dos parlamentares que tomarão posse no início de 2023. Nossos diagnósticos e propostas abrangem áreas importantes como políticas industrial, de inovação e de comércio exterior; infraestrutura; tributação; relações do trabalho; educação; meio ambiente; segurança jurídica; macroeconomia; e eficiência do Estado.

Entre os requisitos essenciais para destravar o crescimento está a estabilidade macroeconômica, com inflação controlada, juros baixos, câmbio flutuante e contas públicas equilibradas. Em paralelo, é preciso resolver, com urgência, antigos problemas que elevam os custos e comprometem a competitividade das empresas.

O principal ponto dessa agenda é a aprovação de mudanças na tributação sobre o consumo. A proposta de Reforma Tributária que está pronta para votação no Congresso Nacional corrige distorções, simplifica e torna menos oneroso o sistema de cobrança de impostos. É necessário, também, corrigir as deficiências da infraestrutura, aumentar a segurança jurídica, avançar na modernização das leis trabalhistas, facilitar o acesso ao crédito e reduzir as desigualdades regionais.

Essas iniciativas devem ser complementadas com ações que fortaleçam a indústria e ajudem o país a aproveitar as oportunidades abertas pela revolução tecnológica e pela transição para a economia de baixo carbono. Para isso, precisamos de uma política industrial moderna, que tenha como objetivos o aumento da produtividade e a inserção das empresas brasileiras na economia global.

O desenvolvimento do país exige, ainda, medidas consistentes e de longo prazo de apoio à ciência e à tecnologia. É igualmente importante melhorar a qualidade da educação e ampliar a oferta de cursos de formação profissional, além de conectar as redes públicas de ensino com a era do conhecimento, para que os jovens se preparem adequadamente, com vistas a atender às demandas do novo mundo do trabalho.

A indústria brasileira se coloca à disposição do presidente eleito para ser parceria na construção e na implementação dessas agendas imprescindíveis para o futuro do nosso país.

*Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Read Also Other News

Agência Porto
| 17 set, 2025

CNI defende na Câmara novo marco regulatório para portos secos

Read more
Agência Porto
| 17 set, 2025

Novo diretor-geral da ANTAQ, Frederico Dias, é empossado

Read more
Agência Porto
| 17 set, 2025

Ministério de Portos e Aeroportos assina acordo para novo complexo da Polícia Federal no Porto de Santos

Read more

How can we help?

Tell us how we can help with one of our services and solutions.

Request a quote

This website uses cookies to personalize content and analyze website traffic. Meet our Privacy Policy.