Pesquisa inédita do ILOS traz visão do uso de tecnologias em Supply Chain no Brasil no cenário pós-pandemia
Cada vez mais novas ferramentas, aplicativos e sistemas tornaram-se essenciais para garantir eficiência e agilidade em todo o processo de gerenciamento da cadeia logística. Este cenário foi acentuado pela ruptura gerada pela pandemia, que trouxe uma nova estruturação do supply chain, demandando avanço tecnológico suficiente para atender o alto nível de exigência dos novos consumidores. Empoderados pelas redes sociais, o público formado pelos millennials e centennials são, agora, capazes de comunicar o seu desejo para um grande número de pessoas nas redes sociais, obrigando as empresas do setor a ouvirem a sua necessidade. O resultado é a necessidade de adequação das atividades de transporte, armazenagem e distribuição dos produtos, conforme mostra pesquisa ‘Aplicação de tecnologias de Supply Chain no Brasil’ realizada pelo Instituto de Logística – ILOS.

O estudo inédito, apresentado na tarde desta terça-feira na abertura do 28º Fórum Internacional de Supply Chain, mostra as principais tecnologias adotadas atualmente. “Pegamos a visão de 80 executivos seniors sobre o uso de tecnologia e as funcionalidades que estão sendo desenvolvidas para suportarem aumento de nível de serviço e a sua complexidade. O que estamos vendo é uma alteração no status de poucos anos atrás, com adoção antecipada de algumas tecnologias como resultado da pandemia”, destacou o sócio-executivo do ILOS e um dos responsáveis pela pesquisa, Leonardo Julianelli.

Segundo ele, a primeira grande onda de transformação do setor ocorreu na década de 90, devido às mudanças macroeconômicas, como redução de tarifas de exportação e a estabilização econômica com o Plano Real. “A colaboração e a tecnologia são cada vez mais mandatórias para a sobrevivência das empresas”, disse Julianelli, enfatizando que a crise sanitária é o marco atual para uma nova estruturação das cadeias, cuja busca é pela melhoria no nível de serviço e por novas práticas operacionais. “Nesse contexto, a tecnologia vem como aliado importante”, mencionou. Os investimentos têm foco em atender, principalmente, as expectativas de serviço das gerações Y e Z, que se encontravam perifericamente no mercado de consumo, mas, agora, atingiram idade e poder de compra.

“Eles nasceram multiconectados, com uma percepção diferente da passagem de tempo e exigindo uma agilidade maior de resposta às demandas. Toda informação chega instantaneamente e ele não entende porque uma compra online demora o prazo de 10 dias para ser entregue. Ele quer receber no mesmo dia ou no dia seguinte. Ou seja, as empresas precisam repensar suas estruturas para viabilizar economicamente esse patamar de serviço, pois se o consumidor não for atendido, vai procurar o concorrente”, afirmou Julianelli.

Resultado

De acordo com o sócio-executivo do ILOS, os resultados mostram ainda que muitos sistemas e equipamentos estão em estado embrionário de implementação no Brasil ou são focados em certos tipos de empresa, enquanto outros já são bastante difundidos. Uma das tecnologias que ganhou destaque nas respostas dos executivos é o chamado RFID (Identificação por Rádio Frequência). Ele é uma evolução ao código de barras, permitindo que os dados da etiqueta RFID possam ser lidos fora da linha de visão por meio de ondas de rádio. Não há a exigência comum de aproximação de um scanner óptico.

Conforme o levantamento, o RFID faz parte da rotina de quase metade (42%) das empresas, sendo direcionado, principalmente, para o rastreamento dos produtos nos armazéns. A visibilidade alcançada pelo RFID permite, ainda, que as empresas utilizem as informações disponíveis sobre os seus produtos para compartilhar com os seus clientes. A pesquisa do ILOS também revela que o uso de tecnologias avançadas, como Realidade Virtual e veículos autônomos, ainda têm um baixo índice de adoção, sendo utilizados por 16% e 6% das empresas respondentes, respectivamente.

Além disso, foi mensurada a utilização de sistemas especializados para gestão das operações logísticas, como o TMS (Transport Management System) e o WMS (Warehouse Management System), utilizados por 76% e 87%, respectivamente.Há algumas tecnologias já consolidadas usadas pela maioria das empresas e com espaço para crescer. São ferramentas que vêm sendo desenvolvidas desde a década de 90 para apoiar executivos da área na melhoria da produtividade e performance. Ferramentas amadurecidas, que enfrentam novos desafios”, analisou Julianelli.

Quando se trata das principais práticas operacionais para lidar com as novas exigências, 58% afirmou que utiliza vendas por meio de marketplaces de terceiros. Já 16% pretende adotar essa estratégia nos próximos dois anos. “

“Observamos que algumas ferramentas foram necessárias na pandemia e tendem a continuar crescendo, ou seja, se provaram importantes para a realização de um serviço de qualidade e vão permanecer. As empresas estão em processo inovativo de práticas, sem a total certeza do que vai funcionar, devido às variáveis a serem consideradas. É natural que experimentem novos serviços logísticos. Alguns vão se provar necessários, enquanto outros vão começar a desaparecer. Há a necessidade de um erro controlado. Fica difícil inovar sem testar”.

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