Porto de Paranaguá mostra eficiência e bate recorde de movimentação em 2024
Mesmo com mais dias de chuva em 2024, que afetam a operação, a Portos do Paraná fechou o ano com a maior movimentação de cargas da sua história, com o recorde de 66.769.001 toneladas. O crescimento registrado é de 2,1%, com 1.375.745 toneladas a mais do que em 2023. Os números foram alcançados diante de condições adversas – foram 115 dias de chuva em 2024, oito a mais do que no ano anterior.

O Porto de Paranaguá recebe e envia os mais diversos tipos de produtos, mas apenas a título de comparação, o volume movimentado equivale a 80% de toda a produção de grãos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, colhidos na safra de 2024. Isso corresponde a 3.209 caminhões bitrens sendo recebidos diariamente ao longo de 365 dias.

“Temos muitos motivos para comemorar. Os dados são resultados de muito trabalho e provam que estamos no caminho certo. Conseguimos o recorde, apesar de mais momentos chuvosos, graças ao foco em eficiência, com aumento de 3,5% em um ano”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Os números também são celebrados pelo secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. “O Porto de Paranaguá representa a pujança do Paraná, como o termômetro de como a nossa economia vai bem”, enfatiza.

Pelos berços do cais passaram 40 milhões de toneladas em exportação e 26,7 milhões em importação. Os tipos de cargas mais enviados ao exterior foram soja (13.265.751), contêineres (9.049.796) e açúcar a granel (6.412.716). Já os mais trazidos ao Brasil por Paranaguá foram fertilizantes (11.140.049), contêineres (7.276.868) e derivados de petróleo (4.912.767).

Já em números proporcionais, um dos destaques é a cevada. No acumulado de 2023, a Portos movimentou 159.458 toneladas. Em 2024 alcançou a marca de 428.132 – aumento de 168% impulsionado pela indústria cervejeira que coloca o Paraná entre os maiores fabricantes da bebida em todo o Brasil.

O expressivo crescimento da movimentação da cevada em Paranaguá se deve a implantação da maior maltaria do mundo em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. O malte é a matéria prima da cerveja. A indústria tem capacidade para produção de 360 mil toneladas por ano, equivalente a 30% do mercado nacional. Somente duas cervejarias, instaladas em Ponta Grossa, são resposáveis pelo abastecimento das regiões Sul e Sudeste do país, considerando o mercado premium.

Outro destaque é o trigo, com 157% de importação e 58% de exportação ao longo do último ano. Paranaguá tem se consolidado cada vez mais como porto multicargas, mas seis tipos (soja, farelo de soja, contêineres, fertilizantes, açúcar a granel e derivados de petróleo) somaram 58,3 toneladas transportadas em 2024, o que representa 87,3% do que foi movimentado durante o ano.

Um dos pontos altos do ano foi o aumento de cargas gerais, que registrou crescimento de 23% em 2024, em comparação com o ano anterior. A movimentação de veículos disparou em 29%: 112.870 passaram por Paranaguá, importados ou exportados. Também o Porto de Antonina registrou índices positivos em 2024, com 47% a mais de volume movimentado em relação ao ano anterior. O total chegou a 1.993.620 toneladas, em comparação com 1.355.626 toneladas de 2023, concentradas em dois produtos: fertilizantes e açúcar.

Investimentos e inteligência logística
O recorde é resultado de um planejamento estratégico de longo prazo, efetivado desde o início da atual gestão, que promoveu a regularização de contratos e a melhoria da estrutura, principalmente de equipamentos que garantem a operacionalidade do porto com máxima eficiência. “É com inteligência logística e ajustes operacionais que fazemos a Portos do Paraná crescer cada vez mais”, salienta o diretor-presidente.

Os investimentos realizados em derrocagem (retirada de pedras) e em dragagem no canal de acesso e nos berços de atracação também contribuíram para esses números positivos. Recentemente o Porto de Paranaguá passou a operar com uma profundidade maior. A atualização do calado – que corresponde à distância entre o ponto mais profundo da embarcação (quilha) e a superfície da água – ajuda a diminuir o tempo de espera para atracação e desatracação. Ao mesmo tempo, permite que navios possam chegar e sair com muito mais carga e com total segurança.

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