Representantes de diversas empresas que integram a comunidade portuária do Itaqui reuniram-se, na terça-feira (16), para conhecer o balanço das primeiras ações e o mapeamento da segunda fase do Porto do Itaqui Lab, o programa de inovação do porto público do Maranhão. O projeto entra, agora, na etapa de construção de respostas inovadoras para desafios identificados com a participação de representantes do porto organizado e da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).
“Estamos olhando para dentro, com foco na melhoria dos nossos processos e aperfeiçoamento do trabalho da Autoridade Portuária, ao tempo em que convidamos os parceiros da comunidade portuária para criar soluções a desafios comuns, sempre avançando na direção de resultados ainda melhores para toda a cadeia logística”, afirma o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago.
Na trilha da inovação, o Porto do Itaqui Lab também vem fazendo pontes com outras autoridades portuárias e instituições. Exemplo desse movimento ocorreu no início destre mês, com a participação no primeiro encontro do Projeta Labs, realizado pela Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNTPA) em parceria com o Porto de Suape e Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH). A iniciativa tem por objetivo compartilhar ideias com os demais portos brasileiros e vem sendo empreendida em conjunto com o Porto Digital do Recife. Até julho deste ano serão realizados dez encontros.
Fase atual
Para desenvolver o Porto do Itaqui Lab, a EMAP firmou contrato com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados (C.E.S.A.R.), organização que é referência no Brasil em inovação, uso de tecnologia, educação e empreendedorismo. O projeto está totalmente alinhado com a visão da EMAP, que é ser a empresa referência em gestão portuária no Brasil até 2022, e com a sua missão focada na geração de valor.
As áreas a serem trabalhadas respondem a “dores” identificadas durante a primeira fase do projeto, em que foi realizado um estudo dos espaços, processos, equipamentos, pessoas e relações dentro do ecossistema do porto.
“Esse levantamento passou pela escuta, por meio de workshops e entrevistas com representantes de todos os segmentos da comunidade portuária do Itaqui, tanto de dentro da EMAP quanto de empresas e órgãos aqui sediados, com o objetivo de identificar desafios comuns e alavancar processos de inovação na empresa e no ecossistema do Itaqui”, afirma a gerente de Comunicação, Deborah Baesse, que integra a Comissão de Inovação da EMAP.
Mapeados os pontos de melhoria, o programa chega à fase 2, em que serão formados times envolvendo representantes da comunidade portuária para cada grupo de problema levantado. Essas pessoas participarão de uma jornada de inovação conduzida pela equipe do C.E.S.A.R., com mentores de notório saber e vasta experiência, e atuará na construção das soluções. Serão encontros teórico-práticos voltados ao desenvolvimento de soluções inovadoras, prototipagem e MVPs (Produto Mínimo Viável).
O que já foi feito
A EMAP vem investindo em soluções inovadoras, a exemplo da chamada digital de caminhões, cadastro eletrônico de fornecedores, programa virtual de visitas, treinamentos via plataforma Moodlle, entre outros.
Também investiu em uma plataforma para atender à solicitação de alfandegamento da Receita Federal. Por meio do sistema são coletados dados e fornecidas informações sobre as operações portuárias. Esse sistema integra os setores que compõem a área operacional do Itaqui, incluindo agências marítimas, despachantes aduaneiros, operadores portuários, transportadores rodoviários e importadores de granéis sólidos.
Na área de segurança, dispõe do Sistema de Controle de Acesso do Porto do Itaqui (SECAPI), criado para facilitar o processo de solicitação de acesso de pessoas e veículos à área alfandegada. O sistema também se destina às empresas autorizadas a realizar atividades na área restrita do porto organizado.
A EMAP conta ainda com um cadastro eletrônico de fornecedores que permite o registro prévio e gratuito para empresas que tenham interesse em participar de licitações, o SIGEL, Sistema de Gerenciamento de Licitações.
Sobre os principais destinos e origens das exportações e importações, foram registradas poucas diferenças percentuais em relação ao share dos países com o fechamento de 2020. A China continua detendo o primeiro lugar das exportações, com 18,64% das cargas. Nos países de origem das importações, houve uma troca no protagonismo. A Argentina pulou para o primeiro lugar no ranking. A maior parceira de importação pulou de 6,09% para 19,77% na participação dos países importadores.
Os dados refletem uma sólida tendência de recuperação da logística hidroviária do Estado para o ano de 2021. Os resultados também mostram que os portos públicos regionais de Porto Alegre e Pelotas vêm apresentando uma movimentação sólida com uma tendência crescente de incrementar cada vez mais a capilaridade do sistema logístico e a vocação do Estado para a logística aquaviária em águas interiores?, afirma o superintendente dos Portos do RS, Fernando Estima.
Os dados referentes aos demais Terminais de Uso Privado (TUPs) do Estado nos municípios fora do Superporto do Rio Grande são lançados juntamente com os dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. A previsão é que sejam divulgados em meados do mês de abril.