As operações de dragagem seguem avançando nas hidrovias do Rio Grande do Sul. Neste mês de setembro, teve início a dragagem do Canal São Gonçalo, em Pelotas, com a previsão de remoção de mais de 457 mil metros cúbicos de sedimentos. O serviço tem como objetivo garantir a profundidade mínima de 5,50 metros nos principais trechos de navegação.
Atualmente, as dragagens avançam também nos canais de Pedras Brancas e Leitão. Em outubro, está previsto o início das atividades no canal Furadinho, enquanto a contratação dos serviços para o canal Feitoria também já foi efetuada com início ainda este mês.
De acordo com o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella, os avanços nas operações de dragagem são de grande importância para o modal hidroviário no Rio Grande do Sul. "A execução dos trabalhos irá contribuir diretamente para que possamos potencializar o desenvolvimento do estado nesse setor", destacou.
Ainda, dentre outros avanços, o processo licitatório do canal do Rio Grande foi finalizado nesta semana, visto que este já conta com uma empresa vencedora homologada pela empresa-pública. Dentre os 15 meses de contrato, a previsão é de que o total de sedimentos retirados ultrapassem os 15 milhões de metros cúbicos.
¿A dragagem é uma ação estruturante essencial para garantir a segurança da navegação e a competitividade logística do estado. Os investimentos realizados têm papel decisivo para o avanço das hidrovias como alternativa sustentável e eficiente no transporte de cargas¿, afirma Cristiano Klinger, presidente da Portos RS.
Essas intervenções integram um conjunto de investimentos de R$ 731 milhões voltado à recuperação da navegabilidade em diferentes pontos do estado. Essas ações foram priorizadas após as enchentes de 2024, que intensificaram o acúmulo de sedimentos nas hidrovias gaúchas.
A iniciativa integra o Plano Rio Grande, um programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite, que busca reconstruir o Rio Grande do Sul e preparar sua infraestrutura para o futuro. Os recursos são provenientes do FUNRIGS, fundo criado para enfrentar os impactos sociais, econômicos e ambientais decorrentes da catástrofe climática de 2024.