Produtores brasileiros de grãos avaliam aumentar o uso do Canal do Panamá
Agricultores brasileiros do Mato Grosso, maior estado produtor de soja, assinaram um memorando de entendimento com a Autoridade do Canal do Panamá para avaliar maneiras de cortar os custos do transporte e impulsionar os volumes de grãos brasileiros usando o canal, disse o administrador-chefe da autoridade.

A administração do canal espera aumentar sua participação na crescente exportação de grãos do Brasil, já que uma grande parte da expansão do comércio de grãos brasileira é via os novos terminais portuários na parte norte do país, mais próximas do canal.

“Nós começamos a trocar informações, ideias, com a associação Aprosoja para explorar possibilidades de navios de carga que saírem dos portos no norte do Brasil e usarem o Canal do Panamá para chegar a mercados asiáticos”, disse Jorge Luis Quijano, administrador-chefe do canal, para à Reuters pelo telefone.

A Aprosoja é a entidade que representa os produtores de soja e milho do Mato Grosso. Quijano estava em Cuiabá, capital do estado, para a assinatura.

Apenas aproximadamente 2 milhões de toneladas de soja brasileira passaram pelo canal no ano passado, de 60 milhões de toneladas da exportação anual de soja. O Brasil é o maior exportador da oleaginosa.

A maior parte das exportações de grãos brasileiros são enviados pelo Oceano Atlântico, passando pelo Cabo da Boa Esperança, para chegar à China e ao Japão. Mas a capacidade de expansão dos portos do norte e o aumento da produção da soja e milho no centro-oeste deve mudar isso.

“Nós temos estudos mostrando que navios vindos do Norte do Brasil e indo para destinos como Yokohama podem economizar até cinco dias usando o Canal do Panamá ampliado”, disse Quijano.

Os portos do norte do Brasil aumentaram seu envio de volume de grãos em 80 por cento em 2017, de acordo com dados governamentais, e já representam por volta de 40 por cento do total das exportações de grãos brasileiras.

Além de soja, o Brasil se tornou um grande exportador de milho. Grandes comerciantes de commodities como a Bunge, ADM e Louis Dreyfus ampliaram suas operações nos portos do norte e estão planejando aumentar as exportações da região.

Fonte: Reuters, 16/3/2018.

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