Projeto "Logística sem Papel" foi destaque na Intermodal Xperience 2021
A implantação de uma logística sem papel foi tema de um dos painéis da Intermodal Xperience 2021 - o maior evento digital da América Latina dedicado à logística, à intralogística, ao transporte de cargas e ao comércio exterior

O encontro abordou o projeto "Logística sem Papel", uma iniciativa que visa desburocratizar o comércio eletrônico e toda a cadeia logística que atende o segmento. O vice-presidente de vendas da Loggi, Ariel Herszenhorn, alertou que um mapeamento do projeto com as empresas que operam na logística do e-commerce constatou que até 16 documentos fiscais podem ser impressos em cada operação de compra e venda de uma mercadoria online. "Esse processo burocrático pode consumir até um mês de trabalho das empresas por ano", afirmou. Ele destacou também a importância deste projeto para engajar as empresas na adesão de ferramentas de digitalização de documentos fiscais.

O presidente do Conselho Superior e de Administração do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), Tayguara Helou, explicou que as propostas do projeto sugerem a dispensa da impressão dos documentos do DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico), DAMDFE (Documento Auxiliar de Documentos Fiscais Eletrônicos) e do DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) pela disponibilização das informações em formato digital. Os documentos contariam também com um QR Code para o fácil acesso dos dados das mercadorias e do transporte.

Helou afirmou ainda que estão sendo realizadas diversas rodadas de reuniões com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para pleitear as medidas para reduzir a burocracia que envolve as operações do comércio eletrônico. "A logística sem papel é um caminho para tornar o Brasil uma economia mais moderna, avançada e inserida no contexto mundial".

Já o presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Maurício Salvador, evidenciou que a desburocratização dos documentos fiscais com a digitalização seria um impulso para os empreendedores de e-commerce que estão na categoria de micro e pequenas empresas. "A digitalização iria tirar um peso da rotina de entregas para essas empresas de menor porte, que lidam, no dia-a-dia, com diversos marketplaces que realizam a venda dos seus produtos e operadores de transporte que os entregam".

Também presente no painel, o coordenador nacional dos Documentos Fiscais Eletrônicos de Transporte e Fiscal Tributário Estadual na SEFAZ/Mato Grosso do Sul, Daniel Carvalho, disse que um exemplo do apetite do mercado por soluções digitais é a implementação do comprovante de entrega eletrônico (canhoto digital) em 2018. "Hoje, temos por volta de 11 milhões de comprovantes gerados por transportadoras mensalmente e, em notas fiscais eletrônicas, mais de 20 milhões de documentos".

Ele enfatizou também a opinião dos outros painelistas. "Há uma necessidade de a administração tributária romper com esse modelo de fiscalização no papel". E avaliou que é preciso construir um ambiente para a eliminação do insumo, "não é algo realizado do dia para a noite", finalizou.

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