Região Norte tem ritmo de crescimento agrícola maior do que Sul
As receitas do setor agropecuário crescem em ritmo maior na região Norte do que em algumas das tradicionais áreas produtivas do país.

O volume financeiro ainda é pequeno em relação ao do Sul e do Sudeste, mas a abertura de novas fronteiras agrícolas começa a dar fôlego aos produtores na região.

O avanço no Norte é maior nas culturas de grande escala, como soja, milho e algodão. Ganham espaço também café, cana e cacau.

Por outro lado, perdem área semeada e receitas os produtos básicos, como arroz e feijão.

No ano passado, as receitas dos produtores da região Norte com soja somaram R$ 5,3 bilhões, 251% mais do que em 2010.

Tocantins é o grande propulsor desse avanço, uma vez que as receitas no Estado somaram R$ 2,53 bilhões.

Acompanhamento mensal da SPA (Secretaria de Política Agrícola) indica que o volume financeiro das lavouras atingiu um valor bruto de produção de R$ 16,6 bilhões no ano passado na região Norte.

Em relação a 2010, o crescimento é de 39%, superando as taxas de evolução das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. O Centro-Oeste obteve aumento de 79% no período.

Para José Gasques, coordenador-geral de estudos e análises da SPA, "os dados atuais do Norte surpreendem, mas as previsões de longo prazo apontam evolução ainda maior".

Nos últimos anos, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) vem apontando um aumento constante de área plantada, que tende a ser ainda mais acentuada a longo prazo. Para Gasques, a tendência se explica pela concretização dos investimentos em infraestrutura na região.

Um dos sinais da aposta dos produtores no Norte é o aumento real dos preços da terra. Segundo Gasques, os produtores estão olhando para a facilidade das novas saídas agrícolas da região.

O coordenador da SPA destaca ainda a constante evolução da pecuária, cujas receitas somaram R$ 16 bilhões no ano passado, 37% mais do que em 2010. O Pará, com uma receita de R$ 7 bilhões, lidera o setor  na região.

Sustentação O primeiro contrato da soja fechou o pregão desta quarta-feira (21) em US$ 10,34 por bushel (27,2 quilos) na Bolsa de Chicago. O valor supera em 6% o de há um mês.

Seca Essa alta em Chicago ocorre devido às estimativas de queda da produção na Argentina e favorece os produtores brasileiros, apesar da pressão da colheita.

Preço A saca de soja, que estava em R$ 55,30 há um mês em Sorriso (MT), foi negociada a R$ 59,20 nesta quarta-feira (21).

Fonte: Folha SP, 22/1/2018.

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