Regionalização do Porto de Santos poderá ocorrer em até 120 dias

O cais santista poderá ter sua gestão regionalizada em até 120 dias. De acordo com o secretário nacional de Portos, Luiz Otávio Campos, isto depende apenas de uma solicitação do Governo do Estado que, segundo o governador Márcio França, será feita na manhã desta terça-feira.




O anúncio foi feito durante a solenidade de abertura da 16ª edição do Santos Export Brasil - Fórum Internacional para a Expansão dos Portos Brasileiros, no Mendes Convention Center, em Santos. O evento é uma iniciativa do Grupo Tribuna e uma realização da Una Marketing de Eventos. Na abertura do fórum, participaram autoridades federais e regionais e lideranças empresariais.


“A delegação (da administração portuária) é uma solicitação do governador, como foi feita nos outros estados. E nós rapidamente, em 90 ou 120 dias, podemos fazer isso. Nós já temos esse modelo pronto. Se houver a solicitação do Governo do Estado, nós tecnicamente preparamos isso em até menor tempo”, afirmou o titular da Secretaria Nacional de Portos, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (MTPAC), em seu discurso na abertura do evento.


Segundo Campos, a ideia é aplicar em Santos o modelo já adotado em portos como Paranaguá (PR) e Itaqui (MA). “Os investimentos são mais rápidos, nem se compara. O caminho é só esse”.


Questionado sobre o futuro da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o Porto de Santos, o secretário nacional de Portos afirmou que a empresa pode ser concedida por um período pré-determinado ao Estado.


“A União vai ficar com 30%, 20% das ações? Pode ser. Ela não vai ter a gestão como é hoje, mas terá a sua participação. É uma gestão federal, estadual e municipal com capital aberto. Se a iniciativa privada quiser, ela bota o dinheiro”, afirmou o secretário.


Presente na solenidade, o governador Márcio França defendeu a regionalização e apontou a possibilidade de uma gestão integrada entre as cidades da região. “Combinei de mandar para ele (o secretário nacional de Portos) o pleito. O Estado tem interesse em administrar o Porto de Santos em conjunto com os prefeitos. Já existe aqui, na Baixada, o formato da Região Metropolitana. Portanto, os nove prefeitos participam. Acho que seria um gol de placa fazer isso. É uma maneira diferente de pensar o Porto, com as pessoas que estão envolvidas diretamente no cotidiano do Porto, que sofrem os problemas do Porto, que tem que conviver com a carga do Porto”, destacou o governador.


Candidato à Presidência da República, o ex-governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) também defendeu a descentralização da gestão portuária e a regionalização da administração do Porto de Santos.


“Eu entendo que tem que descentralizar. Em um País continental como o Brasil, nós não podemos decidir tudo em Brasília. Não vai funcionar. Precisa regionalizar. Precisamos ter uma interface do Estado de São Paulo e dos demais estados brasileiros, com os municípios e o setor privado”, destacou o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.


Segundo o ex-governador, além de aumentar os investimentos no setor, principalmente para garantir a infraestrutura de acesso, é preciso profissionalizar a gestão dos portos, em especial o de Santos, e acabar com as indicações de gestores. “Fazer um trabalho muito profissionalizado, manter partido político distante disso, que é uma questão estratégica para o País. Acredito que dá para dar um grande salto e é necessário”.


Fonte: A Tribuna, 11/9/2018.



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