Safra de grãos deve atingir 271,7 milhões de toneladas
A produção nacional de grãos está estimada em 271,7 milhões de toneladas, com um aumento de 5,7% ou 14,7 milhões de toneladas em comparação ao produzido em 2019/20. A posição histórica deve-se à produção recorde da soja e ao crescimento estimado do milho total. A projeção é do 8º levantamento da safra 2020/2021 de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O arroz e feijão são os destaques na análise do diretor de Comercialização e Abastecimento, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese.

“Um número interessante é o da produção de arroz, que, ano passado, deu alguns sustos em relação ao preço. Agora, o aumento de produção contribui com o abastecimento interno, mesmo que os preços se mantenham no patamar do ano passado ou um pouco menor. O feijão também mantém um volume suficiente para atender o consumo, mesmo com a crise climática da segunda safra”, explicou.

As culturas de primeira safra, com exceção de milho e arroz, estão no encerramento da colheita. Para as de segunda safra, caso do feijão, predominam os estágios de floração e enchimento de grãos.

Culturas de inverno
Para as culturas de inverno, o plantio se intensifica este mês, mas dependerá do volume das precipitações. Mesmo com um volume ainda recorde, em comparação com a estimativa do mês passado, nota-se uma redução de 2,1 milhões de toneladas, devido ao atraso da colheita da soja e, como consequência, o plantio de grande parte da área do milho segunda safra fora da janela ideal, aliado à baixa ocorrência de chuvas. Portanto, já há redução na produtividade esperada do cereal.

Área
A previsão para a área plantada é de crescimento de 4,1% ou 2,7 milhões de hectares, alcançando 68,6 milhões de hectares. Os destaques são para a soja, com aumento de 4,2% ou 1,6 milhão de hectares, e para o milho segunda safra com ganho de 8,8%, correspondendo a 1,2 milhão de hectares.

A soja mantém o destaque, com uma produção recorde estimada em 135,4 milhões de toneladas, 8,5% ou 10,6 milhões de toneladas superior à da safra 2019/20. O Brasil assegura o título de maior produtor mundial da leguminosa.

Para o milho, cuja produção total está estimada em 106,4 milhões de toneladas, o crescimento é de 3,7% sobre a produção de 2019/20. São produzidas 24,7 milhões de toneladas na primeira safra, com previsão de 79,8 milhões na segunda safra e 1,9 milhão na terceira safra.

Para os demais grãos, alguns aumentaram a produção. O algodão tem um total estimado em 6 milhões de toneladas para o caroço, correspondendo a 2,4 milhões de toneladas de pluma. Já o arroz marca 11,6 milhões de toneladas, com aumento de 3,9% frente ao volume produzido na safra anterior. Desses, 10,7 milhões de toneladas provêm de cultivos irrigados e 900 mil toneladas do sistema de sequeiro. E para o amendoim, há um crescimento de 7,1% na produção em comparação com a obtida em 2019/20, alcançando cerca de 597 mil toneladas.

Mercado
Algodão em pluma segue com cenário positivo no mercado internacional. As exportações no acumulado de janeiro a abril de 2021 aumentaram 28% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em relação ao milho, mesmo com embarques ainda lentos, a demanda no cenário externo aponta para uma previsão de 35 milhões de toneladas exportadas na safra atual, valor praticamente igual ao que foi observado para a safra 2019/2020.

Quanto à soja, a Conab estima a venda de 85,6 milhões de toneladas para fora do país, aumento de 3,3% em relação ao último ano. Confirmada a previsão, será um recorde da série histórica.

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