Terminal logístico do arroz do Porto do Rio Grande se prepara para o primeiro embarque do grão
Após intensos cinco meses de obras de adequação e modernização, o Terminal Logístico do Arroz (TLA) prepara-se para a primeira atividade de embarque do grão. Sediada no Porto de Rio Grande, a estrutura ocupa o espaço da antiga Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) que passou por licitação após a extinção da estatal.

Com capacidade de armazenamento para 60 mil toneladas, o TLA está recebendo a carga vinda de caminhões desde o dia 1º de março. O enorme e tradicional silo da Avenida Honório Bicalho é formado internamente por outros 100 espaços de armazenamento, o que permite a estocagem dos mais variados tipos de arroz.

De acordo com Fernando José Fuscaldo Júnior, um dos sócios do terminal, o local passou pelas adequações necessárias, principalmente as que envolvem questões de segurança. Além disso, ele já recebeu todas as autorizações necessárias para operar, entre elas do Ministério Público do Trabalho (MPT), Prefeitura Municipal e Corpo de Bombeiros.

Antes da implementação do TLA, o arroz disputava espaço nos armazéns dos terminais retroportuários com a soja, que responde por um volume de exportação significativo. Com isso, o grão acabava sendo exportado apenas no período da entressafra da soja, quando havia disponibilidade de espaço para sua estocagem.

"Haviam duas opções: ou não se exportava e o Brasil deixava de enviar o produto ou se armazenava nos terminais retroportuários, uma maneira cara e demorada", explicou. Fuscaldo lembrou que o espaço não absorverá toda a demanda, mas servirá como uma alternativa aos moldes já conhecidos e que deverão permanecer sendo realizados.

Atualmente, a exportação do arroz corresponde a apenas dez por cento do que é produzido, porém esse quantitativo é importante para a sustentação de seu preço no mercado. A estimativa é de que o estado, que é responsável por 70% da produção nacional, colha entre oito e nove milhões de toneladas e exporte pelo menos um milhão de toneladas.

De um modo geral, o arroz brasileiro é exportado para países como Venezuela, Nicarágua, Costa Rica, Cuba e o continente africano. No ano passado, pela primeira vez na história, um carregamento foi encaminhado para o México, país que estava habituado com a importação de arroz produzido nos Estados Unidos.

O primeiro embarque do TLA será de arroz em casca e está sendo aguardado com ansiedade pelo setor produtivo do estado. O navio MV VOLA, com capacidade para 24 mil toneladas, atracou no cais público sexta-feira, 2, para iniciar o carregamento da embarcação, atividade que deve se estender até terça-feira, 6, quando partirá com destino à Costa Rica.

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